Depois de seis anos e mais de meio bilhão de dólares arrecadados nas bilheterias de todo o mundo, a franquia Busca Implacável retorna com a terceira parte de uma história que tenta repetir o sucesso do primeiro filme, mas que, na prática, não funciona. O (pouco) crédito do filme não está nas mãos do diretor Olivier Megaton ou no roteiro de Robert Mark Kamen, mas nas mãos de Liam Neeson que, aos 62 anos, se tornou um herói dos filmes de ação. Apesar da boa atuação, não é o suficiente: a fórmula da trilogia fez sentido em 2008, quando estreou; em 2012, a continuação sobreviveu pela expectativa e, agora, em 2015, a história se esgota.
Depois de dois filmes que envolveram sequestro, tráfico e violência, agora, em Busca Implacável 3, o personagem de Neeson, o ex-agente do governo norte-americano Bryan Mills tenta se tornar um homem família e se reconciliar com a ex-esposa Lenore, interpretação de Framke Janssen. Os planos mudam quando ela é assassinada. Acusado de ter cometido o crime, ele entra na mira da polícia de Los Angeles. Desolado e caçado, ele tenta encontrar os verdadeiros culpados e proteger a única coisa que lhe resta: a filha Kim, responsabilidade de Maggie Grace.
Após o prólogo inicial, onde a proposta narrativa é apresentada ao espectador, o filme parece transportar cenas dos longas anteriores e tudo se resume em Neeson com uma arma na mão e ameaças prontas na boca. As cenas de ação são intensas: o filme, praticamente, se resume a isso. O problema é que o surreal toma conta das cenas e não há uma ordem, noção de realidade ou bom senso na hora de colocá-las na tela. A busca incessante por ação resulta mais em uma tontura ao longo do filme do que no cumprimento do objetivo. Vale o ingresso se você não se importa com isso ou é fã da franquia. Ou, também, se você quer encerrar de uma vez uma história que se fosse feita de dois filmes seria melhor.
Confira o trailer do filme: