Através do conto da Cinderela, a história de uma mulher em busca de si mesma é apresentada. Através de encontros - com outros e consigo - ela descobre seu caminho, sua personalidade e seu mundo. Todos os aspectos da vida de uma mulher ganham o palco e constroem a narrativa da peça O Mapa do Meu Mundo, produção do grupo RJ Mercúrio Produções Artísticas, com a interpretação da brasileira, radicada na Argentina, Rosi Jacomelli. O espetáculo será apresentado no Teatro do Sesc, neste domingo, 8, às 20h.
A proposta de O Mapa do Meu Mundo surgiu a partir do desejo e da necessidade de condensar, em um trabalho solo, o estudo de Rosi em técnicas corporais e de atuação. “O objetivo da peça é compartilhar com o público reflexões que despertam esses personagens, essas histórias, tão simples e profundas, como a história de cada um de nós”, inicia a atriz. O eixo narrativo trata de mulher que, depois de uma crise, parte em busca de sua história, origem e identidade. Ao longo do caminho, encontra memórias e situações de vida que vão se misturando e definindo o próximo passo. “Essa mulher que chega até o fundo do poço e luta por encontrar uma saída pode ser qualquer mulher, ou homem. Para mim é a representação do ciclo da vida. Em algum momento se chega a este lugar onde nos perdemos, não encontramos um sentido... mas é a vida mesma que nos empurra a esse lugar, fazendo-nos questionar o que se quer, o que se é”, continua.
Para a atriz, a peça aborda mais as oportunidades do que a queda. “De fato, no espetáculo, no fundo do poço tem uma porta, tem uma saída. Muitas vezes é só questão de abrir essa porta para ver o que tem do outro lado”. A interpretação solo, para Rosi, não é um problema, mas é um desafio: “Me sinto muito identificada com essa reflexão a respeito da vida, então não tenho nenhum problema com interpretar essa mulher. A dificuldade comum é como criar a transição entre um personagem e outro, sem perder a dinâmica com que se está trabalhando”, explica.
E é através da interpretação de Rosi que, em cena, o público vê uma espécie de janela capaz de retratar os medos, desejos e força de cada um. “A reação do público é diferente em cada lugar, mas sempre ocorre uma identificação com o que está ocorrendo em cena. De fato, quando cada pessoa diz: "O Mapa do Meu Mundo", o mapa passa a ser do mundo da pessoa que está falando. Se tratam de situações pessoais e universais ao mesmo tempo”, conclui. Com direção da diretora curitibana Letícia Guimarães, O Mapa do Meu Mundo traz um cenário limpo e investe na atuação de Rosi como peça chave para apresentar ao público a busca pela própria identidade.
O Mapa do Meu Mundo
8 de março, 20h
Teatro do Sesc
Ingressos no local