De um lado, o violão de sete cordas de Yamandu Costa. Do outro, o baixolão de Guto Wirtti. A afinidade entre os dois instrumentos e entre os dois músicos é concreta: lançado no ano passado, Bailongo, o primeiro álbum da dupla, é uma espécie homenagem aos bailes brasileiros, principalmente os do sul do país, berço de Yamandu e Guto. O resultado de um trabalho em conjunto que uniu as influências, gostos e escolhas de cada um, poderá ser conferido no Teatro do Sesc, na noite desta sexta-feira, a partir das 20h. Os ingressos estão sendo vendidos a R$ 20,00 (inteira), R$ 10,00 (meia – estudantes, idosos, conveniados Sesc), R$ 7,00 (comerciários), na bilheteria do Sesc.
Desde a infância, Yamandu e Guto compartilham histórias, vivências e experiência musical. A forte influência latino-americana, que ambos carregam em suas composições, e a maneira de tocar os aproximou ainda mais e em Bailongo os dois músicos parecem confidenciar partes de sua personalidade. Interpretando suas músicas em parceria e também composições individuais, a dupla relembra tangos, milongas, chamamés, choros, e outros estilos musicais: entre Villa Lobos e Lupcíno Rodrigues, as influências de Yamandu e Guto ganham um sotaque gaúcho no palco. O critério para a escolha do repertório foi pensado de acordo com a adaptação da canção aos dois instrumentos. Além da mescla da história musical de cada um, Bailongo é, também, a mescla de duas identidades e une a musicalidade e genialidade de dois destaques instrumentais do país.
Ao fim das canções, Bailongo passa a ser um retrato em preto e branco dos antigos bailes que Yamandu e Guto cresceram vendo os pais tocar. Um passo ao passado, ao mesmo tempo em que o futuro se vislumbra. O show e lançamento do álbum “Bailongo”, de Yamandu Costa e Guto Wirtti é patrocinado pelo Prêmio Funarte de Música Brasileira, uma realização de Rhythmus Produções, com apoio cultural de Fecomércio RS e Sesc. apoio de Germânias Blumen Hotel e, ainda, produção local de Núcleo Rindo à Toa.