Coluna: O que restou de mim, Kat Zhang

Por Leonardo Oliveira

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Uma história envolvente do começo ao fim. O Que Restou de Mim foi uma das surpresas mais legais do ano passado, confesso que não esperava encontrar personagens tão bem estruturados junto a uma trama dinâmica e instigante. É maravilhoso ver como Kat Zhang domina o seu leitor com maestria e bondade. Suas criações são críveis e imponentes, é difícil você não se apaixonar. O mundo distópico narrado por Zhang é palpável e totalmente intenso. Personagens fortes e decididos em sua totalidade.

O Que Restou de Mim nos apresenta a história de Addie e Eva, dominante e recessiva. Duas almas que habitam o mesmo corpo. As duas garotas sempre conviveram bem com as suas diferenças e semelhanças, apesar de não possuírem um controle completo sobre as suas decisões. O livro é narrado pelo ponto de vista de Eva, a mais encantadora e persistente das duas. A narrativa de Kat é sensível ao mesmo tempo em que extrapola o nível de sanidade. Suas palavras são intensas e a sua velocidade de escrita é intensamente atrativa. As páginas voam, meus amigos. O Que Restou de Mim é o tipo de livro que você não pode parar enquanto não chegar ao ponto final. Cada sentença é uma tortura, cada palavra é uma sensação diferente. Talvez não seja a história mais original do mundo, talvez seja apenas um livro introdutório, mas de uma coisa eu tenho certeza: Addie e Eva vieram para ficar, não importa o momento ou a circunstância. Kat Zhang com apenas 19 anos, conseguiu me surpreender muito. Seu livro tem nuances sensatos e o velho romance é deixado de lado, a distopia se faz presente durante toda a narrativa e isso mexeu muito comigo. É a melhor sensação do mundo. A história de Addie e Eva continua e espero que o próximo livro seja tão bom quanto o primeiro.

"Eu queria desaparecer, escorregar para aquele nada que havia encontrado no inverno de nosso 13º ano, onde não existia nada afiado, nada que machucasse, apenas uma corrente de sonhos que me girou sem parar até que eu me tornasse parte deles. Mas eu não podia. Agora eu tinha muito a perder." Capítulo 18 - página 186

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