Ella foi criada em meio a um cenário de paz e bondade. Com a morte da mãe, se tornou o apoio e a força de um pai que buscou, pouco a pouco, reconstruir sua vida. A chegada de uma madrasta e duas meias-irmãs, Anastasia e Drisella, traz uma nova realidade a se adaptar. Tudo muda, novamente, com a morte do pai. Mal tratada pela nova família, o que antes era bondade e paz se transforma em crueldade e inveja. Mas tudo sempre pode mudar: um baile, uma Fada Madrinha, uma carruagem, um encontro com o Príncipe e um sapato de cristal que se perde no meio do caminho. História criada em 1634 pelo francês Charles Perrault, ganhou popularidade apenas em 1950 quando a Disney transformou Cinderela em uma animação clássica. De lá pra cá, a história serviu de inspiração para releituras e novos romances e, agora, chega aos cinemas na sua forma mais pura. Muda apenas uma coisa: sai a animação, entra o live-action.
Produzido pela própria Disney, o Cinderela de 2015 é um retrato da delicadeza e a comprovação de que uma história aparentemente esgotada ainda pode render bons frutos. Dirigido por Kenneth Branagh, o filme ganha um ar shakespeariano e se sustenta no fato de não haver novos elementos ou mudanças na trama original: em uma época onde os clássicos ganham releituras, ou são abordados a partir de um novo ponto de vista, Cinderela segue, do início ao fim, a animação clássica e encanta pela simplicidade, beleza e veracidade que carrega. Veracidade essa que se dá pela escolha do elenco: em cena, a calma, bondade e coragem da Cinderela de Lily James; a crueldade e dor da madrasta de Cate Blanchet, em um dos melhores papeis da carreira, diga-se de passagem; o charme do Príncipe Kit de Richard Madden; o furor e entusiasmo da Fada Madrinha de Helena Bonham Carter. Todos parecem levar consigo a magia pela qual o filme se justifica.
Na liderança das bilheterias norte-americanas, Cinderela, que teve um orçamento de US$ 95 milhões, já fez mais de US$ 132 milhões pelo mundo e foi considerado o longa com a terceira melhor abertura da Disney no mês de março. Os bons números, que vão se repetir no Brasil, são a prova de que Cinderela é uma adaptação elegante e leve e que traz personagens que nasceram nas páginas de um clássico, mas que revelam virtudes e problemas de uma sociedade moderna. É um filme instantâneo, sem qualquer pretensão de discussões profundas. Seu único objetivo é colocar na telas a beleza e a simplicidade de uma história capaz de mesclar magia e amor na busca por resgatar a nostalgia carregada pelo cinema clássico.
Cinderela estreia hoje no cinema do Bella Città, dublado, às 14h20, 16h40, 19h e 21h20.
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