Subindo pelos fundos, no alto da escada ainda se pode ver o letreiro “Ramires”. Aldrian caminha pelas salas e explica: “aqui ficava a escada que dava acesso lá embaixo, esse era o escritório, daquele lado trabalhava o contador”. A antiga livraria, que fechou suas portas em 2013, depois de 51 anos alimentando Passo Fundo de cultura, ainda deixa um vazio na família que administrou o negócio por gerações. O fechamento da Ramires foi apenas um dos muitos que aconteceram em Passo Fundo. As livrarias, casas de histórias, de culturas, de conhecimento, estão dia a dia fechando suas portas. As que perduram, sofrem com a falta de saída dos livros e, muitas vezes, têm em outros produtos seu sustento. A ausência de pesquisas na área não permite afirmar que foi o baixo número de leitores que provocou a situação, mas se Passo Fundo acompanha o ritmo brasileiro, a realidade não é animadora para o setor. De acordo com um estudo realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, cerca de 479 milhões de exemplares foram vendidos no Brasil em 2013. Esse número caiu para 435 milhões em 2014, uma queda de 9,23% em apenas um ano. Outros desafios, como a competição - por vezes injusta - com a internet, foram relevantes para o encerramento das atividades.
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Por que as livrarias fecham na Capital Nacional da Literatura?
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