Tambores africanos em Passo Fundo

O show, marcado para às 20 horas, reúne seis músicos senegaleses com o percussionista e anfitrião Marcelo Pimentel.

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Marcelo Pimentel (E), é o responsável pela integração cultural  dos músicos senegaleses em Passo FundoMarcelo Pimentel (E), é o responsável pela integração cultural  dos músicos senegaleses em Passo Fundo
Marcelo Pimentel (E), é o responsável pela integração cultural dos músicos senegaleses em Passo Fundo
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A sonoridade dos tambores africanos é a atração do espetáculo Afrika Lamp Fall Music, hoje à noite (sábado), no Teatro Municipal Múcio de Castro. O show, marcado para às 20 horas,  reúne seis músicos senegaleses com o percussionista e anfitrião Marcelo Pimentel. A entrada é um quilo de alimento não perecível.
Esta não é o primeiro projeto de Pimentel com os senegaleses instalados em Passo Fundo. Em 2008, ele organizou um grupo e realizou algumas apresentações na cidade. A diferença, segundo ele, é que naquela oportunidade  não havia nenhum músico profissional entre eles. “Agora temos dois mestres dos tambores africanos” afirma.

Mohamed N´Baye, 28 anos, ainda estava em Dacar, capital do Senegal, e já sabia do trabalho de Pimentel com os senegaleses, através de Mamour Ndyaye, presidente da Associação dos Senegaleses em Passo Fundo, entidade promotora do evento. Ao chegar na cidade, há cerca de um ano e oito meses,  começou a namorar com uma passo-fundense que tratou de aproximá-lo do músico gaúcho. O mestre Papa Solio Camara chegou logo em seguida e passou a ser a referência musical. “O Marcelo agora tem sangue africano” brinca Mohamed, que toca desde os sete anos.

Os músicos já estavam reunidos, mas para levar o projeto adiante era preciso investir na compra de instrumentos. Pelo menos 20 novos tambores foram trazidos do Senegal. “O tambor é o veículo que expressa a linguagem africana. Cada batida conta uma história, de uma determinada região, de um determinado período do ano, como a colheita. Apesar da influência deles na nossa música, é bem diferente. Tem  gente que viaja para a África, gasta muito dinheiro, para conhecer algo que estamos tendo a oportunidade de conhecermos em casa” observa o músico, responsável pela integração cultural dos imigrantes na cidade. Além dos seis percussionistas, o show Afrika Lamp Fall Music terá a participação de seis dançarinas, todas africanas, com um figurino criado exclusivamente para o show, com duração prevista para  aproximadamente uma hora.      Os ritmos executados e o timbre dos tambores, durante a entrevista,  chamaram a atenção de  quem passavam ontem à tarde pela praça Marechal Floriano. “Tenho vários tambores em casa, mas juntos não chegam nem perto do som deste aqui” disse um pedestre.

Na página de O Nacional no Facebook confira um vídeo com um trecho do que vai rolar no show deste sábado

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