Do Sudeste para o Sul

Espetáculo do Sonora Brasil, Violas Caipiras, será apresentado gratuitamente no Teatro do Sesc na próxima quinta-feira

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Na próxima quinta-feira, 1, o projeto Sonora Brasil - Formação de Ouvintes Musicais tem espaço em Passo Fundo. A proposta, que busca desenvolver programações identificadas com o desenvolvimento histórico da música no Brasil, traz, em sua 18ª edição, o tema das Violas Brasileiras. Na quinta-feira, a população poderá conhecer mais sobre a Viola Caipira, através de Paulo Freire e Levi Ramiro, e, ainda, compreender como a música que nasce especialmente no Sudeste ganhou o país.

Através da temática Violas Brasileiras, o projeto aborda o panorama da presença do instrumento, em suas diversas variantes, no cenário musical do país, apresentando sua história e os aspectos mais relevantes de sua inserção nos meios sociais em que está ou esteve inserido. Conhecido como viola caipira, viola de dez cordas, viola brasileira, viola de arame, dentre outras denominações, o instrumento, em sua forma mais consagrada e difundida, ampliou seu campo de atuação a partir da década de 1960 quando, além do contexto da música caipira presente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, começou a ganhar espaço no âmbito da música popular urbana e na música de concerto.

Na região Sudeste, a viola se consagrou com as denominações caipira e sertaneja, a primeira relacionada às práticas mais tradicionais do meio rural, e a segunda mais associada ao repertório desenvolvido em meio urbano, fundindo à base novos elementos técnicos e estruturais. Paulo e Levi, representantes do estado de São Paulo, vão apresentar repertório que trata desde exemplos mais remotos, como os recolhidos nas pesquisas desenvolvidas por Freire no interior de Minas Gerais e os que povoam a memória de Ramiro desde a infância, até compositores da atualidade, compondo um panorama do desenvolvimento do instrumento na região. O espetáculo é gratuito e, para assistir, basta retirar o ingresso no Sesc.

Paulo Freire se destaca como contador de causos acompanhado de sua viola e possui a experiência ímpar de ter convivido com Mestre Manelim, no sertão do Urucuia, em Minas Gerais, onde teve contato com o universo da viola e dos causos mais autênticos das tradições do meio rural. Levi Ramiro, além de violeiro respeitado por sua técnica, é detentor de conhecimento raro sobre gêneros como o cateretê e o cururu, é um construtor de viola de cabaça, instrumento que será apresentado na circulação.

Violas Caipiras
Teatro do Sesc

1 de outubro, 20h

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