Um dos maiores ícones da cultura pop, David Bowie morreu, aos 69 anos, neste domingo, 10, depois de uma longa batalha contra um câncer. De acordo com a página oficial no Facebook do cantor, Bowie “morreu cercado por sua família após uma corajosa batalha de 18 meses” contra a doença. Ainda que sua última performance ao vivo tenha sido em um show de caridade em Nova York em 2006, Bowie não descansou. Dois dias antes de sua morte, no dia do aniversário de 69 anos, o cantor lançou o 25º disco da carreira.
Blackstar, coproduzido por Tony Visconti, colaborador de Bowie há anos, possui somente sete músicas, mas rendeu uma série de críticas positivas. O jornal britânico "The Guardian", inclusive, classificou a obra como "uma ruptura fascinante com o passado [de Bowie]". Os elogios foram além:a "Rolling Stone" escreve, no mês passado, que o "artístico e inquieto 'Blackstar' é a melhor obra prima antipop de Bowie desde os anos 1970". Ainda, antes do lançamento oficial do disco, o cantor apresentou nesta semana o videoclipe de "Lazarus", na qual está deitado, no que parece ser uma cama de hospital, com seus olhos tapados. A última performance ao vivo foi em um show beneficente em Nova York, em 2006.
A morte de Bowie foi sentida não apenas pelos fãs, mas por todos aqueles que, de uma forma ou outra, foram influenciados pela voz marcante do Camaleão do Rock. Madonna, Iggy Pop, Kanye West e Pharrel Williams foram alguns dos nomes que manifestaram, de alguma forma, a perda de um dos maiores músicos da história.
Carreira
David Robert Jones nasceu no bairro londrino de Brixton e começou a tocar saxofone aos 13 anos. Abandonou a escola na adolescência e saltou à fama em 1969 com "Space Oddity", uma mítica balada sobre a história de Major Tom, um astronauta que se perde no espaço. Em 1972, lançou "The rise and fall of Ziggy Stardust and the spiders from Mars". Esse venerado disco, no qual relata a inverossímil história do personagem Ziggy Stardust, um extraterrestre bissexual e andrógino que virou estrela do rock, mostrou duas das obsessões do cantor: o teatro japonês kabuki e a ficção científica. Entre seus maiores sucessos estão "Let's Dance", "Space Oddity", "Heroes", "Under Pressure", "Rebel, Rebel", "Life on Mars" e "Suffragette City"