O Museu Histórico Regional (MHR) e o Museu de Artes Visuais Ruth Schneider (MAVRS) da Universidade de Passo Fundo (UPF), reabriram ao público nesta terça-feira (22) com novas exposições. O prédio ficou fechado por três meses para a realização de reforma externa, realizada pela Prefeitura de Passo Fundo. Entre as melhorias, está o tratamento nas rachaduras, manutenção dos telhados, pintura externa e iluminação da fachada.
A demanda interna, porém, ainda precisa de solução. Segundo a coordenadora dos museus, Tania Aimi, muitas reformas ainda precisam ser feitas. “Estávamos na expectativa de conseguir a reforma completa do prédio, mas, infelizmente, a falta de recursos não permitiu”. A troca dos assoalhos, dos forros e de toda a rede elétrica e a manutenção do telhado do setor educativo são algumas das melhorias que ainda precisam ser feitas. Além disso, Tania destaca a importância de tornar o prédio acessível. “Nosso museu não é acessível para pessoas com deficiências físicas e idosos. As três entradas que nós temos possuem escadarias. Não é possível acessar nem o primeiro piso do museu de uma forma digna. Às vezes recebemos alunos cadeirantes aqui e é desumano ter que carregar as cadeiras e eles ainda terem acesso somente ao primeiro piso. A gente se sente muito mal com essa situação, convidamos e não damos acesso a essas pessoas”, explica. Para ela, é fundamental a colocação da rampa de acesso e um elevador. “Imagino que a prefeitura já esteja trabalhando em um projeto para conseguir recursos e realizar a manutenção completa desse prédio histórico e tão importante para a cidade”, afirma.
A palavra ingrediente
No MAVRS, está em exposição, até o dia 8 de maio, “A palavra ingrediente: receitas para uma arte cotidiana... hoje”, da artista Márcia Braga. A exposição é resultado do trabalho de conclusão da artista no curso de Artes Visuais na UFRGS. Por meio de vídeos e fotos, a proposta é fazer uma reflexão sobre a relação da palavra e do alimento na arte contemporânea. “Nessa exposição nós temos dois trabalhos. Um de performance, com interesse na materialização da palavra, que partiu de um livro de receitas colaborativo”, explica. No outro trabalho, os visitantes podem experimentar três poemas materializados em biscoitos. São três poetas, Adélia Prado, João Cabral de Melo Neto e Antônio Cícero, e três urnas. Cada uma representa um poeta diferente e os biscoitos, suas palavras. “As pessoas que visitam a exposição estão convidadas a desfrutar dessas palavras de outra maneira, pelo paladar. É um convite a saboreá-las”.
Além dessa exposição, o Museu contará com a mostra “Diversidade do feminino”, que representará as diferentes mulheres, a partir das produções da artista visual Daniele Stuani e de obras do acervo.
Vestígios arqueológicos
Já o MHR retornará a expor o seu acervo arqueológico. A exposição “Vestígios arqueológicos” mostra os objetos encontrados durante as expedições realizadas na década de 1970 pela UPF, durante as quais também foram descobertas diversas habitações subterrâneas indígenas na região. A exposição, além de apresentar uma amostra do acervo arqueológico do MHR, também conta com uma representação cenográfica de uma moradia subterrânea, com túneis e galerias.
Informações pelos telefones (54) 3316-8586, (54) 3316-8587 ou [email protected] e [email protected].