Dança, percussão e bandeiras: se pudéssemos resumir, de forma rápida e incompleta, a personalidade do grupo folclórico Alkuone, representando da Bélgica no palco do XIII Festival Internacional de Folclore, em Passo Fundo, seriam essas três palavras as escolhidas. País que divide fronteiras com a Holanda, França e Alemanha, a Bélgica é um país que se divide entre falar neerlandês, francês e alemão e que cuja cultura influencia em toda a Europa. Conhecido por seus castelos, prédios antigos e ruas de paralelepípedo, o país foi ocupada por diversos povos - celtas, romanos, espanhóis, franceses durante a antiguidade e, durante a II Guerra Mundial, pelos alemães. Por isso, a Bélgica tem, em sua cultura, resquícios de cada povo que a habitou. Por aqui, em agosto, o país vai apresentar, especialmente, o Balé de Bandeiras e as acrobacias com bandeiras.
Quase 60 anos
Nascido em 1957, o grupo reúne homens e mulheres de diferentes idades que, desde o seu ingresso no grupo, são treinados para desenvolver o contato com as bandeiras que medem 2m² e pesam pouco mais de quatro quilos. Fundado pelo professor de Educação Física e bailarino, Oscar Van Malder, o Alkuone iniciou como um pequeno grupo de lançadores de bandeiras na cidade de Aalst. Hoje, o grupo vai além do lançamento e concentra seu trabalho nas coreografias e acrobacias com as bandeiras e já se apresentou nos Estados Unidos da América, no Canadá, na China, na Tailândia, no Catar e na maioria dos países Europeus. Ao todo, são mais de cem pessoas que participam do grupo e expõe, através da música e dança, um pouco da cultura belga.
O lançamento de bandeiras
Tradição flamenga, o uso das bandeiras ganhou um novo significado dentro do repertório do Alkuone: prezando pela cor, vibração e, especialmente, pelo movimento dos instrumentos, o grupo apresenta as bandeiras em movimentos que seguem a percussão dos músicos. O detalhe, é que o grupo coleciona bandeiras e, em seu espetáculo, apresenta a diversidade: desde as mais históricas às mais modernas.
O Festival está chegando
Quando a lona se instala no Parque da Gare, a população já sabe. É hora de encontrar culturas e identidades diferentes daquelas que vemos pelas ruas da cidade. Ali, encrustada na terra, a lona viaja pelo mundo e busca, em cada parte do mundo, um pouco de música, cultura e diversidade. E, neste ano, falta pouco para que cada parte do mundo se encontre em um mesmo lugar. O Festival de Passo Fundo tem o selo de reconhecimento do CIOFF Mundial e tem o apoio, também, da FEBRARP, que dá suporte às visitas ao país de companhias artísticas internacionais.