Cansado da falta de tempo para aproveitar a vida, ‘Mr. Lee Jhones’ não quer ser “mais um cara qualquer” que segue sua rotina o dia, o mês, o ano inteiro. Desse desejo, nasce a busca por novas cores e, em meio a tropeços, carros e bicicletas, sorrisos sinceros e saudades, ‘Mr. Lee’ embarca em uma viagem sem direção, mas que o fará descobrir uma nova filosofia de vida, desconstruindo roteiros, buscando novos ideais e apostando nos seus sonhos. A busca de um personagem por “algo a mais” na vida é o que guia a apresentação da Lee Jhones, banda que inicia o Mês do Rock no Teatro do Sesc e que sobe ao palco, neste sábado, 2, na sua formação original: Vini Savi, Miguel Jr., Ricardo Viapiana, Julian Teixeira e Gaspar Girardi vão experimentar, pela primeira vez, a sensação de apresentar sua música em um teatro; a expectativa é apresentar, em 75 minutos, a trajetória da banda e uma história de vida. “Nunca tocamos no teatro. É uma experiência nova, mais silenciosa, com mais atenção por parte do público. Os holofotes são diferentes. Somos ricos de oportunidades e isso nos faz muito felizes. Poucas vezes ficamos tão entusiasmados e ansiosos para uma apresentação como neste final de semana. Será inesquecível”, adianta o vocalista Vini Savi.
Conceitual
A proposta de “As Aventuras de Mr. Lee Jhones”, espetáculo apresentado na noite deste sábado, vai ao encontro do disco, lançado em 2014 e que estará a venda no local do show: o álbum é conceitual, com músicas emendadas, com melodias e letras interligadas capazes de formar uma única história que pode ser compreendida tanto pela fração – música – quanto pelo todo – disco. “A partir disso, no show, é possível explorar estas diversas possibilidades e contar uma terceira, quarta, quinta história”, comenta. No palco, a banda apresenta esta e outras histórias: “Além do disco, vamos tocar algumas músicas mais antigas. Foi um belo exercício de construção a montagem desse show. Está especial. Esperamos levar uma experiência inesperada pra que for nos ouvir. Que conte a nossa história, os belos momentos de uma década de banda, que conduza o fã antigo às lembranças do início, que cative a pessoa que nunca nos ouviu, que faça o público querer conhecer mais do nosso som, que gere empatia e diminua ainda mais a distância palco-poltrona”, acrescenta Vini que coloca, ainda, que a pretensão da banda é voltar o olhar do público para a música autoral, marca característica da Lee Jhones.
Oportunidade
Responsável por abrir uma série de atividades em comemoração ao Dia Mundial do Rock, a Lee Jhones vê a oportunidade como um espaço para mostrar à comunidade o som autoral que carregam consigo. E os planos são aproveitar oportunidades como esta e desenvolver outros espaços. “Queremos mostrar nossa música autoral, continuar compondo, tocando, fazendo o que sempre fizemos, buscando constantemente melhorar e evoluir. A música nos escolheu e não temos como fugir disso”, completa Vini.
Entenda as músicas!
Ao todo, serão 17 músicas apresentadas no palco e cada uma representa algo diferente. Entenda:
“Vamos começar com Guia do Acaso, que foi a canção que nos lançou nas mostrou pra mídia por volta de 2007, e tocou muito em várias rádios do sul do país, foi tema de concurso de beleza do estado, entrou também em uma coletânea de rock de novas bandas gaúchas na época por um selo fonográfico conhecido aqui no estado. Foi nosso cartão de visitas e vai dar a pitada nostálgica da noite, juntamente com Já é tarde, que foi a primeira música que gravamos e tem a característica adolescente (éramos adolescentes!); e Para Arara. Para Arara é um desafio à interpretação, e incrivelmente não fala de nenhuma garota. No show pode ser que a gente conte a inspiração desse som.
Fechado esse bloco, vamos com A dona do meu mar, música encomendada por um amigo do Vini, que queria fazer uma surpresa pra sua pretendente potencial. A história dessa música é fantástica, e é tocada sempre de uma forma muito intensa pela verdade que ela propõe. O ápice dela foi o dia em que tocamos esse som no casamento desses nossos amigos. Emocionante demais!
Ela é meia-irmã melódica de Cris, que é a próxima música e que nunca foi gravada. A letra dela é muito interessante, pois não diz em nenhum momento a quem ela se refere, embora as rimas deem todas as pistas.
Seguimos com Guia do Acaso II - O caminho é o coração, que era pra ser uma sequência de Guia do acaso, já que a letra fala da beleza das incertezas da vida, dos tropeços e glórias da caminhada. E, justamente no meio destes percalços, o Rik, baterista da Lee Jhones, passou - e venceu - um câncer. Esta canção foi composta pouco antes de ele descobrir. Embora a música não tivesse sido composta pra ocasião, percebemos que a letra se encaixava diretamente no caso dele. A música virou tema de campanha de doação de medula óssea, e ainda nos possibilita participar de diversas ações que digam respeito.
A partir daí, o show segue com o nosso disco na íntegra: Fora do normal é uma balada pop romântica e se encarrega de levar o show pra a segunda proposta da noite, que segue com Hoje eu acordei, música "queridinha", que toca bastante nas rádios aqui do sul e que provavelmente o teatro vai cantar junto.
Depois vamos com A música do meu irmão, que fala da história do cara que resolve fazer o dia todo ao contrário da rotina, experimenta e percebe que a vida tem um algo a mais, além de ter a missão de conduzir o show pra uma outra percepção.
Agora eu posso te fazer feliz, que foi lançada em videoclipe também, vem de roupa nova e tem a missão de dar mais brilho e cores vivas pra iluminar a noite.
O espetáculo segue com a parte "emendada" do disco. Ando tão cansado ultimamente - Saudade - Preparação - Enfim - Sorriso Sincero são partes de uma música só e podem ser interpretadas isoladamente ou em conjunto, ambas com suas belezas. Nesse bloco aparece valsa, instrumentos desafinados, alguma psicodelia, melancolia, reflexão e, por fim, êxtase!
As duas finais são Tudo Aconteceu, outra canção antiga da banda e finaliza com a noturna Ontem, um "rockão" com pegada eletrônica e moderna. No final tudo vai fazer sentido!”