Universal. O Festival de Folclore é, de fato e literalmente, universal. Leva ao palco diferentes países; na plateia, diferentes rostos se misturam com o único objetivo de celebrar a diversidade. É impossível delimitar apenas um público para um evento capaz de despertar diferentes sensações em quem o prestigia. E se na parte da noite, o público aplaude e se envolve com cada apresentação, durante as manhãs e tardes a participação parece ser ainda mais intensa. Lotando o Casarão da Cultura, as escolas de Passo Fundo e região participam das apresentações do Festival de Folclore durante todo o dia e não há como negar que o público se envolve de forma diferente com o que é apresentado no palco. Seja pela pouca idade ou pela grande atenção dedicada a cada apresentação, as crianças veem o palco como uma novidade e tudo que passa por ele como um convite para um mundo de cor, ritmo e intensidade.
Aprendizado na prática
Quando os alunos, pouco a pouco, se aproximam do Parque da Gare, o esforço em se manter em uma fila liderada por uma professora se torna muito difícil. Há ao redor um novo ambiente capaz de oferecer um amontoado de culturas diferentes. E os olhinhos atentos mal sabem para onde olhar primeiro. Nesse instante, a idade pouco importa. O desejo, dos pequenos e dos grandes, é apenas um: ver, mais de perto, aquilo que, em sala de aula, só ouvem falar. Para a professora Adriana Rosso, que dá aula para o 4º ano da Escola de Ensino Fundamental Georgina Rosado e que participa do Festival com os alunos pelo quarta vez, a diversidade cultural é um auxílio para o trabalho em aula. “Fazemos um trabalho anterior ao espetáculo para conhecer mais sobre os países que participam. A gente percebe que as crianças gostam e se envolvem. A diversidade é muito grande”, comenta a professora que explica que o trabalho realizado com as crianças envolveu pesquisa sobre diferentes aspectos de cada país participante. “Localizamos os países que iriam se apresentar, no dia em que a escola viria, no mapa e, depois, também trabalhamos a bandeira do país e algumas curiosidades. Assim, os alunos ficam com a curiosidade de conhecer o grupos, dança e as vestimentas”, conta.
E, quando não é em forma de pesquisa de curiosidades, o trabalho vem em forma de ilustração. É o caso da professora Lussiani Stivanin, do 3º ano da Escola de Ensino Fundamental Arlindo de Souza Mattos, que, depois da apresentação, vai pedir um desenho para que cada aluno retrate aquilo que viu e gostou no Festival. “Eu sempre participei dos festivais. É tudo maravilhoso por essa diversidade cultural, oportunizar as crianças a conhecerem outras culturas. Porque eles não têm a oportunidade senão com esse momento”, coloca.
Curiosidade, interação e alegria
Para os pequenos, tudo é novo. Quando o espetáculo inicia, a alegria de ver as cores no palco estampa o olhar. Lariane, de seis anos, se encantou com o ritmo apresentado pelos grupo de Passo Fundo, Estados Unidos, Guam e Senegal. Mas a pequena se empolgou quando o grupo de Goiás subiu ao palco apresentando um pouco da cultura do estado. “Achei muito legal, bem bonito. Estava curiosa, porque eles trazem um boi para a dança. Mas aí eu descobri o que tem dentro: são duas pessoas”, se diverte. Os colegas, lado a lado, mal respiravam entre uma e outra apresentação. Ao que tudo indica, se depender de Lariane e dos amigos, o Festival, a festa das cores e do envolvimento das culturas, poderia durar bem mais que nove dias.
Programe-se:
Quarta-feira, 17 de agosto
Oficinas de dança
Bella Città, Praça de Alimentação
14h: Argentina
15h: Goiás
16h: Estados Unidos
Oficinas de conversação
Bella Città, 3º andar
14h: Estados Unidos
15h: Argentina
16h: Goiás
Casarão da Cultura, 19h30
Coreografia de abertura, CTG Dom Luiz Felipe Nadal e CTG Osório Porto de Passo Fundo, Bélgica, Colômbia, Guam, Mato Grosso do Sul, Senegal e Uruguai