Festival de Folclore: Até 2018

Depois de nove dias, o XIII Festival Internacional de Folclore é encerrado com o Casarão da Cultura lotado

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Encerramento foi de casa lotadaEncerramento foi de casa lotada
Encerramento foi de casa lotada
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“E quando a magia da lona se vai, do peito da gente a saudade não sai. Com um nó na garganta e tristeza eu digo: agradeço a visita amigo, vá com Deus e até mais!”. Assim como o hino do Festival de Folclore, Circo da Paz, é capaz de definir o clima que o evento traz para a cidade, a composição – também de Rodrigo Cavalheiro – Gestos e Cores é quem define a saudade que fica assim que o último grupo deixa o palco na última noite de espetáculos. E assim aconteceu no sábado, 20, quando o Casarão da Cultura recebeu mais de cinco mil pessoas para encerrar o XIII Festival Internacional de Folclore. Os nove dias vivenciados pelos grupos e pela cidade deixam a certeza de que Passo Fundo e Festival de Folclore não sabem mais conviver com uma distância maior do que a de dois anos. Cidade e evento parecem pertencer um ao outro e quando uma edição acaba existe apenas uma convicção: daqui dois anos, o Festival está de volta.

“A comunidade quer o evento”
Depois da tradicional recepção dos grupos, aos som de Circo da Paz, com as bandeiras no palco e a alegria no rosto de cada integrante, Paulo Dutra, presidente do Festival, subiu ao palco para dar sua última palavra antes de o espetáculo da última noite começar, de fato. E, em seu discurso de pouco mais de dois minutos, “obrigado” talvez tenha sido a palavra mais utilizada. “É gratificante estar aqui. Este é um trabalho que nos deixa orgulhosos, porque tivemos a resposta da comunidade. Agradecemos a todos que se envolveram nesse Festival. Agradecemos aos grupos que vieram dos mais distantes pontos do planeta e do Brasil para realizarmos juntos essa oportunidade de conhecimento, embasamento cultural e trocas de experiências. Queremos que todos levem esse Festival no coração”, comentou Dutra que direcionou sua fala, também, aos apoiadores, voluntários e Prefeitura Municipal. “Não teríamos condições de realizar um evento desse tamanho sem as pessoas envolvidas. Pedimos, mais uma vez, que nos apoiem. A comunidade quer que o evento continue. E a Prefeitura é a principal promotora do evento. Aos voluntários, pedimos que continuem conosco porque precisamos disso. Sem vocês, não temos como continuar”, enfatizou e foi interrompido pela comemoração de uma plateia que se dividia entre a felicidade de estar a frente do palco do Festival e a alegria em saber da medalha de ouro conquistada pela Seleção Brasileira de Futebol nas Olímpiadas. “Que momento feliz que eu tive de encerrar o Festival no momento em que mais uma vez somos ouro! Obrigado!”, concluiu Paulo.

“Altíssimo nível”
Ainda, a noite de sábado acolheu, mais uma vez, o presidente da seção nacional do CIOFF Marco Carvalhães Pereira que é, também, diretor do grupo Brasil Central, representante de Goiás no evento. “Esses últimos dias aqui em Passo Fundo eu pude ver, além do frio, o calor humano em cada canto dessa cidade. Fomos recebidos com carinho por toda a comunidade e falo isso por todos. Muito obrigada mesmo”, iniciou e complementou elogiando a organização do Festival. “Pude ver uma equipe eficiente, efetiva e que fez o Festival um evento com altíssimo nível para a comunidade. São dois anos de trabalho e vejo um trabalho duro aqui. A comunidade colaborou e sabemos que sem o público não há Festival. O CIOFF Brasil agradece ao público de Passo Fundo, aos patrocinadores e principalmente à equipe organizadora de voluntários que fizeram o possível e o impossível pela dedicação ao evento. Obrigado, Passo Fundo!”, encerrou.

Emoção, sensibilidade e reconhecimento
Depois das falas, o público recebe, novamente, quatorze grupos no palco para apresentações carregadas de intensidade, alegria, beleza e, principalmente, entrega. O grupo dos Estados Unidos, por exemplo, homenageou o Brasil ao cantar Garota de Ipanema. Ainda que em inglês, o público agradeceu a homenagem com aplausos. Também, as delegações, que participaram durante a semana de oficinas de música, subiram juntas no palco – cada um com seus instrumentos musicais – para apresentar ao público o Hino ao Rio Grande do Sul. Em troca, mais aplausos. Ainda, a noite de sábado veio acompanhada da divulgação do resultado do Concurso Cultural João Simões Lopes Neto que premiou as escolas Georgina Rosado, de Passo Fundo, e Cláudio Antônio Benvegnú, de Água Santa. Cada uma recebeu uma televisão de 32 polegadas.

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