Para apreciadores das Artes Visuais

Exposição ?EURoeEu não consigo respirar?EUR? e instalação ?EURoeTransformação?EUR? ficam disponíveis na Galeria Estação da Arte até o fim de fevereiro

Por
· 2 min de leitura
?EURoeI can?EUR(TM)t breathe ?EUR" Eu não consigo respirar?EUR? busca instigar a reflexão do público?EURoeI can?EUR(TM)t breathe ?EUR" Eu não consigo respirar?EUR? busca instigar a reflexão do público
?EURoeI can?EUR(TM)t breathe ?EUR" Eu não consigo respirar?EUR? busca instigar a reflexão do público
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

A Galeria Estação da Arte, na antiga Estação Férrea da Gare, recebe até o dia 28 deste mês a exposição “I can’t breathe – Eu não consigo respirar” e a instalação “Transformação”. Ambas são promovidas pela Confraria das Artes e, como todas as exposições realizadas no local, têm entrada gratuita e aberta a toda a comunidade. Em fevereiro, o local funciona nas quartas, sábados e domingos, das 15h às 19h.
A exposição “I can’t breathe – Eu não consigo respirar”, da artista Xixa Silveira, retrata a tragédia ocorrida em New York em 17 de julho de 2014, quando o jovem negro Eric Garner, norte-americano, foi morto por um policial branco, por estrangulamento e sem a menor chance de defesa. Quanto ao nome da exposição, Xixa conta que se refere à última frase dita pelo jovem, assassinado em um ato racista. “Eu resolvi usar o meu trabalho para, de alguma forma, questionar o racismo, onde eu uso personalidades que também são negras. Então o questionamento é: e se fosse o Mandela, que apesar de ter sofrido muito se tornou um símbolo que está em qualquer camiseta... Se o Mandela estivesse vivo, alguém iria asfixiar ele?”.
A intenção da artista ao expor suas obras é instigar uma experiência imersiva e reflexiva para o público, por meio de desenhos de artistas e figuras negras importantes. Além disso, um mural reúne fotos de pessoas negras, conhecidas e desconhecidas, em que todas falam a última frase de Garner. Xixa conta que o trabalho foi feito em etapas e planejado há cerca de três anos, portanto é possível notar que os materiais utilizados variam. “As mais antigas são em papel paraná com suporte em madeira. Hoje em dia, eu estou usando tela de pintura e tinta acrílica preta, branca e cinza. Essas cores não são específicas da exposição e sim cores com as quais eu sempre trabalho”, conta. A artista também salienta que desde o início não quis que a exposição tivesse figuras infantis, pois o preconceito é algo criado pelos adultos. “Então é a gente, enquanto adulto, que precisa resolver”, complementa a artista.
A curadoria da exposição é de Lindiara Paz, também responsável pela montagem ao lado de Jeferson Douglas.


Instalação Transformação
A instalação “Transformação” traz obras de seis artistas da Confraria: Fabiana Beltrami, Neiva Helena Beltrami, Ana Maria Boscarin, Roberta Boscarin, Olinda Santos e Márcia Di Domênico. Os trabalhos incluem argila, montagem e tecelagem, e mostram as diversas fases da transformação, até chegar à transformação humana e, por último, a um espelho, para que o público possa encarar a si mesmo e questionar suas próprias transformações. O objetivo da instalação, de acordo com o coletivo de artistas, é inquietar o apreciador, questioná-lo e fazê-lo movimentar-se.


Antiga Estação Férrea da Gare
Depois que o espaço da antiga Estação Férrea da Gare foi revitalizado, o local retomou sua importância histórica e cultural como patrimônio público, e desde o ano passado abriga a Galeria Estação da Arte, um importante espaço para artistas visuais do município e região. É lá também que a Confraria das Artes funciona – um coletivo de artistas e admiradores das Artes Visuais, composto também pelo Arteficina e pelo Grupo da Foto.

Gostou? Compartilhe