Geniosa, independente, rebelde, dramática. Muitos são os adjetivos repetidos de boca em boca quando o assunto é Elis Regina. Independente da veracidade dessas palavras, de uma coisa ninguém discorda: sua extensão vocal era poderosa, tanto que até hoje, mesmo 36 anos depois de sua morte, ela continua sendo considerada por muitos críticos a maior cantora brasileira. Durante a carreira, explorou diversos gêneros musicais e passou por diversas fases, das quais serão lembradas em um show intimista que acontece no Teatro do Sesc Passo Fundo, neste sábado, às 20h.
O Tributo a Elis Regina, apresentado por Camila Lopez e o grupo O Arrastão, busca recriar a formação clássica da banda que acompanhou a cantora no aclamado Festival de Montreaux, na Suíça, em 1979. Juntos, os músicos promovem uma viagem no tempo na carreira de Elis e trazem a tona o que de melhor a artista sabia fazer: músicas ricas em termos de arranjo e interpretação, que são tanto para ouvir, quanto para pensar e sentir. “A intenção é fazer uma viagem no tempo literalmente. Pegamos músicas do começo até o final da sua carreira e vamos contando essa história através delas”, explica Camila, porto-alegrense assim como Elis. Além dela, formam o grupo O Arrastão os artistas Alexandre Alles (teclado), Mateus Albornoz (baixo e cavaquinho), Matheus Herrmann (guitarra e violão), Rafael Branco Muller (bateria) e Rafael Pavão (percussão).
Camila conta que tinha a ideia de colocar em prática um projeto que servisse de tributo a Elis Regina desde quando era adolescente. Por algum motivo, sempre se imaginou cantando canções como “O bêbado e a equilibrista”, mesmo sem saber quem era Elis de fato. “Até que, há três anos, resolvi fazer o tributo como se fosse isso que tivesse que fazer num primeiro momento... Nessa construção do espetáculo, me apaixonei perdidamente por ela. Esse amor a Elis é recente na minha vida, mas veio de forma completamente avassaladora. Ela não era só música. E tá aí né, dando muito certo e dando o que falar”. É a primeira vez do grupo em Passo Fundo, mas o projeto já rodou outras cidades gaúchas como Porto Alegre, Novo Hamburgo, Lajeado, Pelotas, Farroupilha, Bento Gonçalves, Camaquã e Canoas. Segundo a vocalista, o público tem saído surpreso com o que assistem e ouvem. “Vejo do palco as pessoas chorando, rindo, se cutucando... Ou com cara de surpresa mesmo”, comenta.
Os ingressos já estão à venda no Sesc Passo Fundo e custam R$ 12 para categoria Comercio e Serviços do Cartão Sesc; R$ 30 para público em geral; e R$ 15 meia entrada.
Uma viagem pela carreira de Elis Regina
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