O curso de História da Universidade de Passo Fundo (UPF) promove a décima edição do evento “Ciclo de Cinema: o cinema revisto pela História”, de 23 a 25 de abril, a partir das 19h30min, no auditório do Centro de Educação e Tecnologia. Ao longo dos três dias, três filmes serão exibidos e, em sequência, debatidos com a presença de professores convidados. As inscrições podem ser realizadas pela aba “Eventos”, no site da UPF, pelo valor de R$ 10 para quem deseja receber certificado de participação. Caso queira apenas assistir, sem certificado, a entrada é gratuita.
Segundo a coordenadora do evento, professora Jacqueline Ahlert, a proposta visa oferecer possibilidades de contextualização e análise comparada dos conteúdos para com as abordagens históricas representadas nas narrativas audiovisuais. “É um espaço para reflexão interdisciplinar acerca de temas relevantes às Ciências Humanas, especialmente a História e ao ensino de História, tendo como base as representações apresentadas em narrativas fílmicas e o debate de cada película”.
A culpa é do Fidel
Na segunda-feira (23), o filme exibido é “A culpa é do Fidel”. O professor de História da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) Diego Dal Bosco Almeida é o debatedor. Neste longa-metragem de drama, dirigido por Julie Gavras, é contada a história de Anna de la Mesa, uma menina de nove anos, que mora em Paris e leva uma vida regrada e tranquila. O ano é 1970 e a prisão e morte do seu tio espanhol, um comunista convicto, balança a família. Ao voltar de uma viagem ao Chile, logo após a eleição de Salvador Allende, os pais de Anna estão diferentes e a vida familiar muda por completo: engajamento político, mudança para um apartamento menor, trocas constantes de babás, visitas inesperadas de amigos estranhos e barbudos. Assustada com essa nova realidade, Anna resiste à sua maneira. Aos poucos, porém, realiza uma nova compreensão do mundo.
O Banheiro do Papa
Na terça-feira (24), a professora de História da UPF Jacqueline Ahlert debate “O Banheiro do Papa”. O filme de comédia dramática se passa na cidade de Melo, na fronteira entre o Brasil e o Uruguai. O local está agitado, devido à visita em breve do Papa. Milhares de pessoas irão à cidade, o que anima a população local, que vê o evento como uma oportunidade para vender comida, bebida, bandeirinhas de papel, souvenires e os mais diversos badulaques. Beto, um contrabandista, decide criar o Banheiro do Papa, onde as pessoas poderão se aliviar durante o evento. Mas para torná-lo realidade ele terá que realizar longas e arriscadas viagens até a fronteira, além de enfrentar sua esposa Carmen e o descontentamento de Silvia, sua filha, que sonha em ser radialista. O filme é dirigido por Enrique Fernandes e Cesar Charlone.
Com amor, Van Gogh
Na quarta-feira (25), é a vez da professora de História da UPF Gizele Zanotto debater o filme “Com amor, Van Gogh”. Lançado no ano passado, este longa-metragem biográfico de gênero animação é dirigido por Dorota Kobiela e Hugh Welchman. A história se passa um ano após o suicídio de Vincent Van Gogh, quando Armand Roulin encontra uma carta por ele enviada ao irmão Theo, que jamais chegou ao seu destino. Após conversar com o pai, Armand é incentivado a entregar ele mesmo a correspondência. Desta forma, ele parte para a cidade francesa de Arles na esperança de encontrar algum contato com a família do pintor falecido. Lá, inicia uma investigação junto às pessoas que conheceram Van Gogh, no intuito de decifrar se ele realmente se matou.