Cultura mineira nos palcos

Grupo Folclórico Banzé é o primeiro confirmado no XIV Festival Internacional de Folclore de Passo Fundo; esta é a segunda vez do grupo mineiro no município

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Trabalho do grupo volta-se à pesquisa das manifestações de grupos folclóricos genuínos e adapta elementos para que as danças sejam apresentadas em palcosTrabalho do grupo volta-se à pesquisa das manifestações de grupos folclóricos genuínos e adapta elementos para que as danças sejam apresentadas em palcos
Trabalho do grupo volta-se à pesquisa das manifestações de grupos folclóricos genuínos e adapta elementos para que as danças sejam apresentadas em palcos
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As etapas de preparação da décima quarta edição do Festival Internacional de Folclore de Passo Fundo, que acontece entre 17 e 25 de agosto, já estão a todo vapor. Neste ano, cerca de 160 voluntários trabalham nas áreas de produção do evento, que é promovido pela Prefeitura do Município e a Associação de Organizações de Festivais Folclóricos do Rio Grande do Sul (AOFFERS). Agora, há poucos meses de o evento acontecer, os primeiros grupos começam a ser confirmados. Entre eles, está o Grupo Folclórico Banzé, vindo da cidade de Montes Claros, em Minas Gerais. Esta é a segunda vez do grupo em Passo Fundo - a primeira foi na sétima edição do festival, no ano de 2002.

Fundado em 1968, o Banzé atua na pesquisa, preservação e difusão das tradições culturais e folclóricas de diversas regiões do Brasil, especialmente do Norte de Minas Gerais. O grupo surgiu através do gesto pioneiro da professora de música Maria José Colares, que organizou com seus alunos do Conservatório Lorenzo Fernandes um trabalho de pesquisa de danças e músicas folclóricas, transformando-as em espetáculos. Através do empenho de seus integrantes e da preocupação em garantir a autenticidade das manifestações, os espetáculos foram ganhando repercussão e notoriedade nacional e internacional - o que levou o Grupo Banzé a tornar-se membro do Conselho Internacional de Festivais Folclóricos (CIOFF) e a ser representante brasileiro em festivais culturais por diversos países, como Polônia, Croácia, Bélgica, França, Itália, Suíça, Canadá, Estados Unidos, Alemanha, Espanha, Portugal, Holanda, Iugoslávia, Chile, Argentina e Peru.

Grupo para-folclórico

O Banzé tem trabalho voltado para a pesquisa das manifestações de grupos folclóricos genuínos e adapta determinados elementos para tornar as danças possíveis de serem apresentadas em palcos. Trabalha com a harmonização de melodias tradicionais, modificações dos elementos da dança para adequá-las ao seu propósito, adaptação dos elementos nos trajes e alargamento do repertório com outras regiões do país. Os coreógrafos e compositores do grupo procuram manter na criação de novas danças o respeito aos elementos tradicionais do folclore autêntico, com a intenção de utilizar elementos do folclore sempre levando em consideração critérios contemporâneos da expressão e da criação, estabelecidos pelo CIOFF.

Devido a reinterpretação de danças e músicas de origem popular, trabalhando-as e adaptando-as para o palco, o Banzé é reconhecido como grupo para-folclórico. Ao longo dos seus 49 anos de atuação, marcados pelo trabalho voluntário dos dançarinos, diretores e músicos, ele tem conservado a mesma filosofia: a de promover a integração artística do povo com o seu folclore e as suas raízes.

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