A exposição “Glauco Pinto de Moraes: um artista na ditadura”, promovida pelo Museu de Artes Visuais Ruth Schneider (MAVRS), está aberta para visitação gratuita no hall de entrada do auditório da Biblioteca Central, no Campus I da Universidade de Passo Fundo (UPF). O local fica aberto de segunda a sexta-feira, das 7h45min às 22h45min, e aos sábados, das 8h às 13h. As obras foram feitas durante o regime ditatorial no Brasil, com o objetivo de serem um instrumento para contestar e mudar as condições políticas do país.
Glauco Pinto de Moraes foi pintor, desenhista, gravador e advogado. Nasceu em 1928, em Passo Fundo, e faleceu em 1990, em São Paulo. O tema central das suas obras eram composições relacionadas a locomotivas e engrenagens. O artista recebeu diversos prêmios ao longo da carreira, integrou o Conselho de Arte e Cultura da Bienal Internacional de São Paulo e foi um dos fundadores da Associação Profissional de Artistas Plásticos de São Paulo.
Durante o período da ditadura militar, o artista passo-fundense participou de ações políticas e sociais. Suas obras datam de 1969 a 1985 e retratam figuras humanas expressivas, sendo assinadas pelos heterônimos de Glauco: Egon Walter e Antonio Magalhães. As produções contestavam a situação política do país, indo de encontro com as tendências antiarte dos anos 1960 e, deste modo, contribuindo para a liberdade de criar e de pensar. Segundo o que dizia Glauco, “a arte é necessária porque é subversiva... e rompe com o tradicional. Por isso arte e ditadura não convivem bem”.