Picanha de Chernobill no Teatro Municipal

Banda gaúcha, que está em São Paulo desde 2013, se apresenta em Passo Fundo nesta sexta-feira

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Hoje, formam a Picanha de Chernobil os músicos Matheus Mendes, Chico Rigo e Leonardo RatãoHoje, formam a Picanha de Chernobil os músicos Matheus Mendes, Chico Rigo e Leonardo Ratão
Hoje, formam a Picanha de Chernobil os músicos Matheus Mendes, Chico Rigo e Leonardo Ratão
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Há quatro anos instalada em São Paulo, a banda Picanha de Chernobill volta a tocar em Passo Fundo nesta sexta-feira (30). O show integra a turnê gaúcha que antecipa o lançamento do quarto álbum do grupo, com previsão de lançamento para março do ano que vem, e acontece no Teatro Municipal Múcio de Castro, às 20h. Os ingressos podem ser adquiridos na porta do evento e custam entre R$ 15 e R$ 30.
A Picanha de Chernobill surgiu em 2009 no Rio Grande do Sul e suas influências são variadas, mas giram principalmente em torno dorock dos anos 60 e 70, doblues e do folk. Nesta turnê, a banda apresenta repertório totalmente autoral e faz um apanhado de faixas que integram os três discos já lançados. Mas para quem é fã do grupo, o ponto alto da setlist mesmo é conferir em primeira mão algumas das músicas que estarão no próximo disco, ainda sem nome.


Baterista da banda, Leonardo Ratão já residiu em Passo Fundo e comenta sobre a expectativa em retornar aos palcos do seu antigo lar. “Eu faço parte da banda há menos tempo. Estou em São Paulo há uns dois anos, mais ou menos. Mas é sempre bom voltar para Passo Fundo, rever tantos amigos queridos. Mesmo não sendo natural daí (nasci em David Canabarro), me identifico e gosto muito dessa cidade. Estar no palco é sempre uma experiência única e o bom de tocar na nossa casa é que a energia é ainda maior e isso reflete na banda. A gente acaba devolvendo ela com maior intensidade, o show fica ainda melhor”, expõe.


Em São Paulo, Ratão avalia a experiência de mudança como positiva. “Aqui tem mais oportunidades; creio que para tudo que se faça, inclusive música. Por outro lado, também tem mais desigualdades e injustiças. É uma cidade grande, tudo é em maior proporção, e isso acaba sendo o tema de boa parte das nossas músicas”, adianta.


Nove anos na estrada
A banda está na indústria musical desde 2009 e já coleciona diversas conquistas importantes. No mesmo ano em que surgiu,gravou seu primeiro disco e, em 2010, ganhou o prêmio de melhor banda independente do Rio Grande do Sul em um festival organizado por uma cervejaria. “O Velho e o Bar”, segundo disco do grupo, foi lançado em 2011.


A mudança efetiva para São Paulo, onde já havia feito shows esporádicos, aconteceu em 2013. Lá, eles iniciaram um dos trabalhos mais relevantes do trio até o momento: o projeto Picanha na Rua. A ideia consiste em realizar shows gratuitos nas ruas da capital paulista. “Já são mais de 500 shows realizados em quatro anos. Com essa iniciativa, a gente estabelece um sentimento de pertencimento à cidade, levando música e arte ao espaço público”, a banda descreve. Também nesse período, a Picanha participou de projetos como o Circuito Sesc, Grito Rock, Virada Cultural e Ruas Abertas.


Em 2016, o trio criou um projeto de financiamento coletivo para conseguir lançar seu terceiro disco, ultrapassando os 100% da meta estabelecia. Assim, finalizou o álbum “O Conto, a Selva e o Fim”. Outro ponto alto para a Picanha em 2016 foi a criação, junto com a banda Mustache e os Apaches, do festival Anhangabablues, que contou com a participação de oito bandas da cena independente. Por fim, no ano de 2017, apresentou uma série de shows na divulgação do novo disco e alcançou grande repercussão ao participar de um programa de TV de exposição nacional. Isto possibilitou a banda a tocar no Rock in Rio 2017 e realizar sua primeira turnê internacional.

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