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Cinematógrafo Cineclube exibe filme com recursos de acessibilidade

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Cena do documentário ?EURoeTodos?EUR?, exibido na noite desta quarta-feiraCena do documentário ?EURoeTodos?EUR?, exibido na noite desta quarta-feira
Cena do documentário ?EURoeTodos?EUR?, exibido na noite desta quarta-feira
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Nesta quarta-feira (5), o Cinematógrafo Cineclube exibe o documentário “Todos”, na sala Multiusos dos Sesc Passo Fundo, às 19h30min. A obra se destaca pela acessibilidade que oferece às pessoas com deficiências visuais e auditivas, ao utilizar recursos de audiodescrição, legendagem para surdos e ensurdecidos e tradução para a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). Após a exibição, acontece ainda um bate-papo virtual com os diretores do filme, Marilaine Castro da Costa e Luiz Alberto Cassol, e com a jornalista Lelei Teixeira. Não há cobrança de ingressos, mas o público é convidado a contribuir de maneira espontânea para ajudar na manutenção do Cineclube.

 

Lançado em 2017, “Todos” conta a trajetória de um historiador, que viaja por várias cidades do Brasil e exterior em busca de resposta a uma pergunta: o que é acessibilidade? Acompanhando a trajetória de Felipe, que tem deficiência visual, o público conhece caminhos acessíveis, caminhos com muitas barreiras e reflete sobre temas como diversidade humana, educação inclusiva, cultura e tecnologias. O filme é resultado de visitas da equipe de produção a várias cidades do Brasil e do exterior, onde puderam mostrar a utilização de recursos de acessibilidade em diferentes contextos, a fim de reforçar a necessidade de esses recursos estarem disponíveis a todos que precisarem, independente de a pessoa ter ou não uma deficiência. Com depoimentos sobre inclusão e acessibilidade, a narrativa provoca reflexões e apresenta ao público recursos de acessibilidade comunicacional, numa sessão de cinema inclusiva.

 

Para tornar a obra audiovisual acessível às pessoas com deficiência visual, o documentário apresenta audiodescrição, que é a narração editada entre as falas do filme onde são descritas as informações visuais, como paisagens, cenários, figurinos e características físicas dos personagens. Para abranger o público com deficiência auditiva, os recursos são legendagem para surdos e ensurdecidos (LSE), que consiste na tradução das falas em forma de texto escrito com identificação de efeitos sonoros e dos falantes sempre que necessário, e tradução para LIBRAS, destinada aos surdos que se comunicam nesse idioma. A tradução é feita por um intérprete, que geralmente aparece no canto inferior direito da tela.

 

Sobre os convidados para o bate-papo
Marilaine Castro da Costa é jornalista mestra em Comunicação Acessível pelo Instituto Politécnico de Leiria (Portugal), audiodescritora, produtora e sócia da Accorde Filmes. Luiz Alberto Cassol é diretor cinematográfico e cineclubista. Já a jornalista Lelei Teixeira assina o blog “Isso não é comum”, no portal de notícias Sul21 (http://issonaoecomum.sul21.com.br/), com a proposta de pensar coletivamente sobre questões do mundo contemporâneo e questões relacionadas ao cotidiano de pessoas que têm uma diferença que exclui e provoca o preconceito. É uma das integrantes do Grupo Inclusivas, formado por mulheres que atuam na defesa dos direitos das pessoas com deficiência e contra a violência.

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