Nei Lisboa é uma das maiores referências da música urbana produzida no Rio Grande do Sul. Sua musicalidade eclética, rebelde e cheia de humor serviu – e continua servindo – de escola para uma geração de artistas, que fazem das terras gaúchas um celeiro de boas surpresas musicais. Esses fatores, que o tornaram um ícone da cena, ganham os holofotes do Teatro do Sesc Passo Fundo neste sábado (16), às 20h.
O cantor traz ao município o show “Nei Lisboa Duo”, em que promove uma retrospectiva das suas quase quatro décadas de carreira. O repertório inclui clássicos, releituras e canções inéditas, passando especialmente pelas principais músicas de seus álbuns autorais, entre elas “Pra Viajar no Cosmos Não Precisa Gasolina”, “Verão em Calcutá” e “Telhados de Paris”. Quem o acompanha é o tecladista Luiz Mauro Filho. O show tem classificação livre e dura em torno de 60 minutos.
Aos 60 anos de idade, Nei coleciona boas andanças por diferentes países e carrega uma verdadeira bagagem de influências dos lugares por onde passou. No entanto, é mesmo com Porto Alegre, cidade onde reside desde os seis anos de idade, que se dá sua ligação mais forte. Na capital gaúcha, mantém público fiel, desde aqueles que o acompanham ao longo de toda sua trajetória, até as novas gerações que agora o descobrem.
Extensa trajetória
Dono de uma sonoridade singular, Nei define como suas principais influências a música popular brasileira dos anos 60 e 70, pop/rock brasileiro, folkrock e até mesmo algumas pinceladas de música barroca. No currículo, tem onze discos e duas coletâneas. Seu primeiro álbum de estúdio foi lançado em 1983, mas o gaúcho já tocava nas noites porto-alegrenses desde 1979. De lá para cá, o talento nato para composição o fez ganhar admiração de outros nomes importantes na cena musical brasileira, que chegaram inclusive a interpretar suas canções autorais, como Caetano Veloso, Na Ozzetti e Zélia Duncan.
Além disso, o cantor e compositor gaúcho tem trabalhos como escritor e cronista, tendo lançado dois livros: o romance “Um morto pula a janela” (Artes&Oficios, 1992), que recebe também uma edição francesa pela editora L’Harmattan, e a coleção de crônicas “É Foch!” (L&PM, 2007). Em sintonia com a geração que consolidou um polo cinematográfico no sul do Brasil, seus versos estão também nas trilhas sonoras de filmes como “Meu Tio Matou um Cara” (de Jorge Furtado) e “Verdes Anos” (de Carlos Gerbase e Giba Assis Brasil).
Ingressos no Sesc
Comércio e Serviços: R$ 12,00
Meia Entrada: R$ 15,00
Empresário: R$ 20,00
Público Geral: R$ 30,00