Clássicos que marcaram a história da música nativista

Maiores vencedores das Califórnias da Canção Nativista, Marco Aurélio Vasconcellos e Os Posteiros se reúnem em Passo Fundo para show único, nesta quarta-feira (16)

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Uma noite para revisitar melodias consagradas na história da música nativista – muitas delas, inclusive, interpretadas pela voz do próprio responsável por fazê-las tornarem-se clássicos do folclore regional. Nesta quarta-feira (16), às 20h, o cantor e compositor Marco Aurélio Vasconcellos, uma das vozes mais populares do Rio Grande do Sul, reencontra-se com seu próprio legado, no palco do Teatro do Sesc Passo Fundo, para celebrar os 40 anos de um dos mais reconhecidos e importantes grupos da música gaúcha, “Os Posteiros”. A eles, une-se ainda o acordeom do argentino Alejandro Brittes. Em formação única, eles prometem trazer ao público um repertório repleto de canções premiadas e vencedoras de festivais nativistas, como “Gaudêncio Sete Luas”, “Cordas de Espinho”, “Pássaro Perdido” e “Descaminho”. Os ingressos podem ser adquiridos no local.


Nascido nas primeiras edições da Califórnia da Canção Nativa de Uruguaiana, a partir da obra de Vasconcellos – que fez parte do grupo até o ano de 1985 –, Os Posteiros é formado, hoje, por Miguel Castilhos, Celso Campos, Chico Koller e Nelton Brasil. Completando quarenta anos de estrada, eles voltam aos palcos em nova formação na intenção de resgatar a história do grupo, que emplacou peças valorosas para a cultura musical do Estado. A bagagem de peso é semelhante a de Vasconcellos, que celebra nesta nova turnê o cinquentenário de uma carreira destacada, especialmente, pelo troféu de compositor mais premiado da Califórnia da Canção Nativista desde a criação do evento. De lá para cá, já teve três discos lançados ao lado d’Os Posteiros e gravou outros sete trabalhos solos. É difícil encontrar um entusiasta dos ritmos regionais que não conheça ao menos uma das faixas que Vasconcellos compôs ao lado do escritor Luiz Coronel e que, nesta quarta-feira, também integram o repertório montado pelos músicos.


Comentando sobre o que motivou a ideia de promover esse reencontro histórico, a produtora cultural responsável pela realização e direção da turnê, Magali Rossi, afirma que notava no público consumidor um saudosismo relativo às músicas de festivais que formaram a geração dos anos 80 e 90. “São clássicos que estão na memória das pessoas e que pouquíssimos grupos, na atualidade, executam. Os Posteiros e o Marco Aurélio Vasconcellos têm uma série de músicas que se consagraram no repertório nativista do Estado e tem muita gente ávida por escutar. O reencontro é para concretizar um show que sane essa saudade e também comemore os 40 anos de estrada do grupo. E esse reencontro histórico tem como pontapé inicial Passo Fundo justamente por ser uma cidade cultural, com um público ávido pela música nativista”, explana. Em 2020, a previsão é excursionar o show para a região das Missões, Fronteira, Sul e Capital.


Dinâmica da apresentação

Com produção de roteiro de Miguel Castilhos, a apresentação de quarta-feira acontece em três blocos. O primeiro deles centra-se na intervenção de Marco Aurélio, enquanto o segundo volta os holofotes para Os Posteiros, em sua formação atual, com a participação do acordeonista argentino Alejandro Brittes. Ao fim, no último bloco, o público presencia ainda um espetáculo com a integração de todos os músicos.
Considerada uma das principais referências contemporâneas do chamamé no Rio Grande do Sul e na Argentina, Alejandro participa da turnê a convite dos próprios Posteiros. “Ele substitui, entre aspas, o Doly Costa, que é um integrante do grupo com maior idade e problemas de saúde e que, por isso, não pode viajar. O Alejandro tem uma característica muito peculiar: ele consegue executar no acordeom o estilo de arranjo semelhante ao do bandoneon. É isso que deu toda essa percepção. Além disso, ele é argentino e os Posteiros bebem muito da musicalidade argentina”, Magali explica, referindo-se à varidade de ritmos argentinos como a chacarera, a zamba, o chamamé e a milonga, juntamente com a chamarra e outros ritmos gaúchos, que tecem a identidade do grupo musical.

 

Serviço

Data: 16 de outubro, às 20h
Local: Teatro do Sesc Passo Fundo
Ingressos na hora: entre R$ 25 e R$ 50

 

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