A arte também é espaço para promover a conscientização sobre o meio ambiente. Ao longo do ano, três grupos de teatro de Passo Fundo percorrerão a cidade para, com a técnica de rua, debater com a população a preservação da água, a coleta de esgoto e o manejo de resíduos sólidos. A iniciativa é da Prefeitura, que selecionou projetos a partir de um edital público. As atividades serão desenvolvidas com recursos do Fundo Municipal de Gestão Compartilhada.
Conforme o secretário de Meio Ambiente, Rubens Astolfi, cada um dos três grupos realizará cinco apresentações, em locais próximos ao Rio Passo Fundo, arroios e riachos. “Essa é mais uma ferramenta de conscientização das famílias. Mesmo que a criança, na maioria das vezes, é quem leva para dentro de casa essa conscientização, que vem da escola, precisamos reforçar esses vínculos, atingindo, principalmente o público adulto”, reforça.
Apresentações
Os três grupos selecionados atenderam às exigências do edital. Agora, estão em fase de criação de textos, diálogos e formatação dos espetáculos.
- Água
Os atores Júlio Pitthan e Tiago Casca, com a proposta Cuidando da Água, explorarão o cotidiano das pessoas em relação à utilização da água dentro de suas casas. No conteúdo do projeto, estão temas como: porcentagens da água salgada e doce que existem no planeta; a água doce em calotas polares; municípios brasileiros abastecidos por rede de distribuição; mortalidade infantil devido à falta de saneamento; para que servem as estações de tratamento; etapas do tratamento da água.
- Manejo dos resíduos sólidos
O grupo Teatro Depois da Chuva apresentará o projeto Esse Lixo é Seu? Três artistas em cena, interpretarão uma equipe de televisão que chega ao bairro para gravar um programa com perguntas e respostas sobre o meio ambiente, especialmente, em relação ao destino do lixo que cada um produz dentro de sua casa. A partir dessas perguntas, o espetáculo propõe a reflexão e o debate sobre a questão ambiental.
- Coleta de esgoto
O grupo Timbre de Galo, com a Caravana Verde, apresentará, de forma cômica e buscando reflexões, um sujeito sem nenhuma preocupação com o descarte adequado do esgoto produzido por ele. Ele é convidado a mudar seus hábitos quando eles começam a causar problemas, inclusive, para ele mesmo. A ideia é que esse espetáculo seja uma semente de consciência ambiental de que a conexão à rede de esgoto não é apenas uma decisão individual, mas uma questão de cidadania.