O In-Edit Brasil - Festival Internacional do Documentário Musical chega à 12º edição com mais de 60 filmes nacionais e internacionais inéditos no circuito comercial. O evento será pela primeira vez online, entre os dias 9 e 20 de setembro, com acesso em todo território nacional.
No Panorama Mundial, entre os destaques estão The Quiet One, versão da história do baixista Bill Wyman, dos Rolling Stones, que abre seu arquivo pessoal com imagens inéditas; White Riot, sobre o movimento Rock Against Racism que teve apoio de bandas como The Clash, Sham 69, Steel Pulse; e My Darling Vivian, no qual as filhas do primeiro casamento de Johnny Cash decidem contar sua versão após o sucesso do filme Johnny e June.
Já no Panorama Brasileiro, o festival apresenta títulos com personagens como Dorival Caymmi, Pitty, Arto Lindsay, a escola de samba Mangueira, Mestre Cupijó, Quebradeiras de Coco Babaçu, Walter Smetak, Amaro Freitas, Elton Medeiros e o compositor e violonista Garoto.
A novidade deste ano é a Mostra Portugal. O diretor artístico do festival, Marcelo Aliche, informou que a produção no país europeu tem crescido e que chegaram muitos filmes portugueses para o festival. “São cinco documentários musicais e, pela primeira vez na nossa história, vamos passar um biopic [filme biográfico], que é o Variações - se você não conhece Antônio Variações, vai lá escutar porque é muito legal”, recomendou.
Aliche destacou também os seis filmes da Competição Nacional, que passarão por um júri e o vencedor entrará no circuito internacional do In Edit. “Todos os filmes são muito legais e interessantes, o nível continua bom”. A masterclass com o diretor inglês Julien Temple, entrevistas e debates com diretores e shows exclusivos completam a programação deste ano.
Os shows serão realizados no Espaço Som (SP), sem plateia, com transmissão ao vivo e gratuita em todo o Brasil.
Plataforma
Toda a programação estará disponível na plataforma do festival, com filmes gratuitos e filmes pagos (R$ 3 para 72 horas de acesso). Parte da programação estará disponível também na plataforma do Sesc Digital, com acesso gratuito, e, a partir de 21 de setembro, na Spcine Play também gratuitamente.
O dinheiro arrecadado pelo festival será destinado integralmente a trabalhadores da música e do cinema afetados pela pandemia. Metade da receita vai para o Conexão Música, fundo criado por músicos e produtores independentes, e a outra metade vai para o Fundo de Amparo aos Profissionais do Audiovisual Negro, gerido pela Associação de Profissionais do Audiovisual Negro.
O diretor artístico contou que, mesmo após o fim do festival, a plataforma online vai continuar oferecendo um catálogo de filmes ao público durante o ano todo. “Depois do festival essa plataforma fica de vez. Essa plataforma fica para o público, fica para todo mundo que gosta de documentário musical, essa plataforma é nossa.”
“[No catálogo] há filmes dos festivais anteriores, filmes que não estiveram no In Edit, porque eles são mais velhos do que o festival, vai ter filmes históricos. A nossa intenção é que seja uma grande plataforma não só de entretenimento, para o pessoal curtir documentário musical, mas também de pesquisa.”