Idealizado pelas artistas passo-fundenses Roseli Doleski Pretto e Ruth Schneider, o Museu de Artes Visuais Ruth Schneider da Universidade de Passo Fundo (MAVRS/UPF) completa um quarto de século em 18 de maio deste ano, junto ao Dia Internacional de Museus. Para celebrar seus 25 anos de fundação, o MAVRS já está com uma programação especial em suas redes sociais.
Além de publicações de ‘tbt’ com lembranças de aniversários passados, o Museu também conta com lives programadas para os próximos meses. A primeira está marcada para o dia 23 de março, com a psicóloga e professora da Faculdade de Artes e Comunicação (FAC/UPF), Me. Maria Goretti Baptista Betencourt, com o tema “A psicologia da arte e seus desafios em tempos de isolamento social”. No dia 20 de abril, a convidada para a segunda transmissão ao vivo é a professora da rede estadual de ensino e egressa do curso de Artes Visuais da UPF, Valquíria Ponciano, para falar sobre as possibilidades de trabalhar a arte na sala de aula e a parceira ‘museu-professor’ no cotidiano escolar.
A última conversa on-line inserida na programação será realizada no dia do aniversário do MAVRS, 18 de maio, com a artista visual Maria Tomaselli, colaboradora do Museu e amiga de Roseli Doleski Pretto. Todas as lives serão realizadas via Instagram (https://www.instagram.com/museu_mavrs/), às 9h30min. Ainda no dia 18 de maio, às 19h, haverá uma projeção com as obras do acervo do MAVRS na fachada do prédio dos Museus, na Avenida Brasil Oeste, 758, com o intuito de democratizar o acesso à arte e à cultura e mostrar a riqueza cultural do patrimônio artístico passo-fundense à comunidade.
Um Museu feito por mulheres
Ao longo dos 25 anos de história, “as mulheres sempre estiveram à frente do MAVRS”, destaca Tânia Aimi, ex-coordenadora e primeira museóloga dos museus Histórico Regional e de Artes Visuais Ruth Schneider (MHR/MAVRS), em depoimento dado para o podcast “Vozes da História”, do MHR. Desde 1996, quando o espaço foi idealizado por Roseli Doleski Pretto, até os dias de hoje, a gestão permanece em mãos femininas. Nomes como Tânia Rosing, Lurdes Canelles e Maria Cesária fazem parte da trajetória do Museu e representam a persistência de manter vivo um local voltado para a arte no interior do Estado, além de servir como uma espécie de laboratório para a formação acadêmica dos alunos do curso de Artes Visuais da UPF.
Entre pinturas, gravuras e esculturas, o acervo do MAVRS é composto por, aproximadamente, 1,3 mil obras. Destas, 300 foram doadas pela artista visual Ruth Schneider, apoiadora do projeto de Roseli Doleski Pretto. Além delas, outras artistas mulheres também estão presentes no acervo do Museu, como Patrícia Langlois, Clara Pechansky, Mônica Kabregu e Rosana Bortolin.
Patrícia Gueller Vivian, atual funcionária responsável pelos Museus, ressalta o caráter único e de grande potencial do MAVRS e do MHR. “É um grande desafio e ao mesmo tempo uma honra estar atuando no espaço que leva arte, história e cultura a toda a comunidade. E com a comemoração dos 25 anos do MAVRS, este trabalho se torna ainda mais especial”, salienta Patrícia.
Rede de Memórias dos 25 anos do MAVRS
Segundo Roseli Doleski Pretto, em carta aberta à comunidade, “um museu não pode e não deve ser um ato isolado, mas sim um trabalho em conjunto, participativo de todos os setores da sociedade, já que é um espaço público, social e interativo, que reflete seu contexto imediato”. Com base nesses princípios, o MAVRS convida a comunidade local e regional a compartilhar relatos de vivências individuais ou coletivas nos espaços museais para construir uma rede de memórias dos 25 anos do Museu.
Para participar, basta encaminhar um e-mail para [email protected] com o seu arquivo, podendo ser foto e/ou vídeo, e o seu depoimento pessoal. Também pode participar quem publicar a lembrança em suas redes sociais e marcar o MAVRS no Facebook (https://www.facebook.com/mavrs) e Instagram (https://www.instagram.com/museu_mavrs/).