A música e a arte são capazes de transformar vidas. E é com esse pensamento em mente que a Universidade de Passo Fundo (UPF) apresenta o Grupo Jovem de Percussão UPF. Desenvolvida pelo curso de Música, a iniciativa oportuniza que crianças e pré-adolescentes de 11 a 15 anos participem de ensaios no Laboratório de Percussão da Instituição, onde passam a ter contato com diferentes instrumentos musicais.
A ideia da criação do Grupo, segundo o seu coordenador, professor Me. Marcio Luiz Tolio, surgiu através do projeto de extensão chamado “Projeto da Capo”, que leva música para as comunidades vizinhas da UPF. “Consegui perceber nesses três anos de coordenação de ‘Projeto da Capo’ alguns potenciais de alunos que estavam precisando ter contato com instrumentos de verdade e um ambiente musical que pudesse proporcionar um crescimento para eles. Aí nasceu o Grupo Jovem de Percussão, que reúne os alunos do Projeto com alguns estagiários do curso de Música”, conta.
No Grupo, que objetiva a socialização das crianças e proporcionar o acesso da população ao Laboratório de Percussão, os participantes têm aulas dentro do “Projeto da Capo” junto às escolas conveniadas Guaracy Barroso Marinho e Coronel Gervásio Lucas Annes. Também são realizados ensaios no Laboratório localizado na Faculdade de Artes e Comunicação (FAC) da UPF, que acontecem todas as sextas-feiras, às 16h. As atividades são gratuitas.
Isabelli Catarine Rossi, de 15 anos, participa do Grupo Jovem de Percussão UPF. Para ela, a experiência é uma oportunidade única de conhecimento e aprendizado. “Está sendo incrível. Ter acesso a diversos instrumentos, em um espaço feito para isso, me faz ter segurança de que estou no lugar certo. Vejo muito a música no meu futuro. Quero seguir com ela na minha vida, e fazer parte do Grupo me dá uma sensação de lar e alegria. Para quem realmente gosta e tem amor pela música, isto é um grande passo”, conta a jovem, complementando que se sente honrada por ter pessoas que acreditam nela.
Vontade de inspirar
De acordo com Tolio, por meio do Grupo Jovem de Percussão, há o desejo de inspirar outras instituições e escolas a fazerem o mesmo. “Toda vez que propomos cultura, arte e esporte, estamos lutando por um mundo melhor. O curso de Música da UPF tem ciência dessa responsabilidade, não só com o ensino superior e a pesquisa, mas com a extensão. Possuímos um poder extensionista, e nada melhor do que fortalecer isso através de grupos e da democratização desse acesso”, afirma o professor.
Coordenador das atividades, o docente conta com o envolvimento de acadêmicos na condução dos ensaios, os quais observam a dinâmica, as estratégias de condução das aulas e o rodízio dos instrumentos. “Isso, para os estudantes, é uma antecipação do que o mercado de trabalho vai exigir, até porque esses projetos de música, felizmente, estão em voga, com uma ascendência muito legal no Brasil. Esse é um mercado emergente para trabalharmos”, comenta Tolio, mencionando a responsabilidade de se trabalhar com arte e cultura.
“Não basta só tocar bem, é preciso fazer com que a música movimente pessoas e dê esperança e oportunidades. Com o Grupo, teremos cidadãos melhores e pessoas mais sensíveis, pois a música trabalha a sensibilidade”, finaliza