O ex-deputado federal e pré-candidato ao governo do Estado pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), Beto Albuquerque, esteve em Passo Fundo na noite dessa terça-feira (16) para lançar seu novo livro. Com o título "Liberdade, Igualdade, Humanidade, são também nossas façanhas?", a obra do político passo-fundense convida os leitores a refletirem sobre os dizeres da bandeira do Rio Grande do Sul. A sessão de lançamento aconteceu na Livraria Delta do Passo Fundo Shopping.
No livro recém-lançado, que tem dois mil exemplares nesta primeira edição, Beto utiliza o lema da bandeira rio-grandense para questionar os valores contemporâneos e instigar um pensamento crítico sobre o momento politico e social que vivem não apenas os gaúchos, mas também todos os brasileiros. “Este livro começou a ser escrito durante a pandemia e serve, além da satisfação pessoal, para promover ideias, discussões e debates sobre os valores que estão escritos na nossa bandeira e os valores que hoje nós temos”, explicou o autor para a assessoria do PSB, na última semana, durante o lançamento da obra na 67ª Feira do Livro de Porto Alegre.
Liberdade, igualdade e humanidade
Beto questiona no decorrer da obra, por exemplo, a conotação da palavra “liberdade”, que costumava ser atrelada ao conceito de coletivo e plural, mas que hoje está ligada a uma noção de individualidade, segundo ele. “E, pior, este valor é utilizado, como por exemplo, por pessoas que querem viajar de avião e não usar máscara, por pessoas que divulgam e compartilham fake news e alegam ser seu direito de expressão. Ora, ter liberdade não quer dizer que tenham direito de praticar crimes, de invadir o direito e a segurança dos outros”, reflete.
Na obra, o entendimento acerca do conceito de igualdade também é questionado pelo escritor, por se tratar de um valor que, na percepção dele, até hoje, o Estado não foi capaz de promover. “A desigualdade econômica e social no Brasil é brutal, assim como a educacional, racial, sexual e de gênero, entre outros. Igualdade não existe por aqui. E isto é nítido. E muito é pela falta de educação. Nós sabemos disto. Já a humanidade no passado era o mundo. Hoje humanidade é solidariedade, é ter empatia, é viver em comunhão. Então, o livro serve de reflexão e um ponto de partida para um debate que temos que fazer para atingir uma sociedade mais justa, mais humana e mais livre”, considera.