Espetáculo estimula debate sobre igualdade racial em escolas municipais

Mais de 900 estudantes participaram do projeto “Menina Bonita do Laço de Fita – um debate sobre igualdade”, promovido pelo grupo Teatro Depois da Chuva

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Iniciativa levou aos educandários uma contação de histórias, realizada pela atriz Ana Marques, e um bate-papo conduzido pelo mestre em Sociologia Róbson Peres da Rocha. (Foto: Divulgação)Iniciativa levou aos educandários uma contação de histórias, realizada pela atriz Ana Marques, e um bate-papo conduzido pelo mestre em Sociologia Róbson Peres da Rocha. (Foto: Divulgação)
Iniciativa levou aos educandários uma contação de histórias, realizada pela atriz Ana Marques, e um bate-papo conduzido pelo mestre em Sociologia Róbson Peres da Rocha. (Foto: Divulgação)
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O grupo passo-fundense Teatro Depois da Chuva visitou, entre os meses de abril e maio deste ano, dez escolas do município a fim de promover discussões sobre a igualdade racial, através do projeto “Menina Bonita do Laço de Fita – um debate sobre desigualdade”. De acordo com os organizadores, mais de 900 crianças participaram da iniciativa, que foi aprovada no 4º Prêmio Funcultura de Passo Fundo.

Na primeira parte da atividade, os alunos assistiram à apresentação da contação de história “Menina bonita do laço de fita”, realizada pela atriz Ana Marques, com texto de Ana Maria Machado. A história aborda, de forma divertida e delicada, assuntos como preconceito, autoestima e amizade. Fala sobre um coelho bem branquinho que é vizinho de uma menina que tem a pele negra e lustrosa e os cabelos enroladinhos e bem pretos. O coelho acha a menina a pessoa mais linda do mundo e quer ter uma filha linda e pretinha como ela. Utilizando-se de objetos, bonecos e variações vocálicas, cria-se uma atmosfera lúdica para a atriz contar essa história com sensibilidade e poesia.

Na segunda etapa, os estudantes participaram de um debate a partir das temáticas sugeridas pela história, procurando fazer com que as crianças se reconheçam nos personagens e reconheçam o espaço onde vivem. O debate foi conduzido pelo especialista em Ciências Sociais e mestre em Sociologia, Róbson Peres da Rocha. “O bate-papo foi guiado no sentido de ajudar os alunos a perceberem a importância de reconhecer suas funções sociais, aplicando, de forma didática, as abordagens levantadas durante a conversa, esperando que os mesmos se reconheçam no papel de agentes sociais para quebrar toda forma de reprodução de preconceito e opressão”, esclarece o grupo.

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