Terceira edição do Toca Disco deve atrair público de diferentes gerações

Evento de venda, compra e troca de discos acontece neste sábado (15) e terá mais de 1.4 mil vinis disponíveis

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Entre os discos, principal gênero é o rock. (Foto: Jaderson Pires) Entre os discos, principal gênero é o rock. (Foto: Jaderson Pires)
Entre os discos, principal gênero é o rock. (Foto: Jaderson Pires)
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Celebrar o som, a história e a experiência em torno do vinil são os sentimentos que guiam a terceira edição do “Toca Disco”, evento que promove a venda, compra e troca de discos de vinil. Com seis expositores, mais de 1.400 LPs estarão disponíveis ao público, que tem o encontro marcado para este sábado (15), das 10h às 22h, no 1º andar do Bella Città Shopping, atrás do McCafé.


Um “novo” modo de se conectar com a música

Com a circulação de mais de 1.300 pessoas nas duas primeiras edições, o 3º Toca Disco agrega mais dois expositores, com vinis que irão viajar de Porto Alegre, Santo Ângelo, Cruz Alta e Passo Fundo para as mãos de colecionadores e curiosos pela música. Mesclando pop rock, jazz, blues, reggae, gaúcha, samba, MPB e principalmente o rock and roll, o público poderá, além de comprar ou trocar os discos, ouvir o som de lançamentos e álbuns clássicos com as vitrolas à mostra.  

Em busca de criar uma experiência que não é vivida no cotidiano, um dos organizadores do evento, Jaderson Pires, conta que o Toca Disco vem se consolidando e agregando públicos de municípios vizinhos que tem se deslocado a Passo Fundo só para compartilhar esse momento. “É uma experiência, porque você pode comprar um álbum pela internet, mas é você estar ali, folheando entre os dedos os álbuns e encontrar o disco do Metallica que estava procurando. É a emoção”, relata. Independente do gênero musical ou formato em que a pessoa costuma consumir música, Jaderson pontua que esse é um evento para quem, principalmente, ama a música. “O vinil renovou, agregou, então por mais que você não tenha o hábito de ouvir um vinil hoje em dia, você acha legal, quer conhecer a história, quer entender a arte nas capas, algo que só o vinil traz de forma tão intensa”, afirma Jaderson.


Por trás dos LPs

Esse sentimento perpassa pelo baterista da banda Maria do Relento, Gesner Messa, que pela primeira vez irá participar como expositor em um evento como o Toca Disco. “Tenho amigos que trabalham em feiras e é muito legal. Trocamos LPs e tem muita venda, rola muita amizade, papo e tudo com a música de fundo”, disse com expectativa. Desde 1998, após a virada do LP para o CD, o músico coleciona discos e agora abriga mais de mil em sua coleção. “E o que encanta, realmente, é a arte do disco. É tu poder colocar a agulha no LP, depois virar o LP. Eu diria que ouvir LP é para quem gosta de música mesmo. Você tem que prestar atenção, tem que haver uma preparação de ligar o aparelho, botar o disco limpo, para ele girar legal, ter uma sonoridade boa”, comenta Gesner. 

E até mesmo para quem já é experiente no ramo, como o Leonardo Arbter, cada evento traz novas emoções, levando em conta os diferentes públicos que circulam pelos discos. Com o vinil há mais de 25 anos em sua vida, há 13 anos ele mantém uma loja onde vende discos, CDs, livros e antiguidades em geral. “Tenho algumas coleções de discos, algumas de jazz, trilhas sonoras de filmes dos anos 80, clássicos dos anos 80 e blues”, conta Leo. 


Os jovens em busca do som 

Com essa mescla de sons, apesar do estereótipo de que o vinil é uma mídia velha, como menciona Jaderson Pires, o 1º e o 2º Toca Disco foram marcados pela presença do público jovem, com idades entre 17 e 20 anos. “E eles não vão por curiosidade. Eles vão entendendo. Ainda existe muitos lançamentos, novidades em vinil, principalmente com material importado, mas os jovens, além de buscar algo novo, eles sabem da história dos clássicos e vão buscar os clássicos”, esclarece, mencionando que esse acaba sendo um público verdadeiramente engajado na cultura do vinil e que busca os álbuns que possuem brincadeiras, mensagens implícitas e curiosas capas em 3D. 


Entre colecionadores 

Com discos em mãos, a dúvida que fica é como ouvir esse som. Apesar de Passo Fundo ter empresas especializadas em áudio de alta performance e também ser possível encontrar as clássicas vitrolas de maneira online, os equipamentos de boa qualidade são vendidos a preços muito elevados. 

Nesse sentido, assim como a troca e compra dos vinis, adquirir um toca disco acontece entre os colecionadores. Jaderson relata que quem começa a se inserir no meio do vinil naturalmente traz questões como essa e todos são direcionados a vendedores e restauradores de aparelhos usados. “São pessoas que têm equipamentos da década de 80, 70 [...] que são os melhores em termos de qualidade áudio. Porque naquela época eles eram feitos de fato para durar e, além disso, eram feitos para explorar a melhor qualidade do áudio, para as pessoas terem uma sensação, uma experiência”, explica, acrescentando que quando restaurados, os aparelhos são entregues como novos, saídos direto de uma loja. 


Valores 

Tendo como centro do evento a compra dos discos, a dica é chegar o mais cedo possível para garantir os melhores discos a um preço mais acessível. A média de valores dos vinis oferecidos fica entre R$ 80 e R$ 100, no entanto, terão discos a R$ 10 ou até mesmo a R$ 600 dependendo da versão escolhida. 

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