Com apenas 22 anos, o artista canoense, morador de Passo Fundo, Junior Ganz, tem muita história para contar. Desde os 12 anos, quando encontrou um violão quebrado em uma lixeira na rua Morom e o consertou com pregos, ele não imaginava que chegaria a ficar em 6º lugar num concurso de talentos em Goiânia, capital do estado de Goiás. Só que até isso acontecer ele enfrentou muitos desafios.
São 10 anos de uma trajetória que guarda um futuro de muita expectativa. Junior toca em bares de Passo Fundo e região seu estilo preferido, o sertanejo. Está longe de ser um menino que toca apenas sertanejo universitário, ele interpreta canções antigas de cantores como Mato Grosso e Mathias, Gian e Giovani, Rick e Renner, entre tantos outros, o que o coloca como uma exceção à regra. “Eu sempre gostei de sertanejo antigo porque ouvia meu pai e meus irmãos tocando”, conta.
Com o timbre de voz conhecido como “naipe tenor”, produzida sem recorrer ao falsete, algo graças ao treino e ao talento mútuo.
O jovem rapaz, morador do bairro Boqueirão, carrega a viola e a esperança de um dia disparar nas paradas musicais do país.
Uma de suas maiores aventuras foi arrumar as malas e ir rumo à Goiânia (GO), cidade conhecida como a Capital Nacional do Sertanejo. Com 19 anos, R$ 40,00 e 10 pastéis feito pela mãe, em 2019 ele embarcou num ônibus interestadual e foi em busca do sonho de ser um artista famoso. Mas a realidade superou a expectativa. Quando chegou na cidade foi direto no endereço daquele que seria seu empresário. Por sorte, conheceu pessoas que o avisaram que o então contratante não passava de um estelionatário e que já havia respondido vários processos judiciais por usar o nome de artistas que fazia contato. “Meu chão caiu. Eu tinha 19 anos, não tinha onde ficar, consegui abrigo em várias casas, mas nada por muito tempo. Tentei trabalho e não consegui. Algumas vezes tive a sorte de ter gente boa me ajudando e arrumando algum lugar para tocar nem que fosse em troca de comida. Foi muito difícil. Por três longos dias eu não tinha o que comer. Nunca tinha vivido isso. Minha mãe ligava e eu dizia que estava tudo bem, mas ela sabia o perrengue que eu estava passando. Até que... depois resolvi voltar porque percebi que as coisas seriam muito mais difíceis do que imaginava. Foi um balde de água fria”.
Em 2021 outro convite surgiu, desta vez por um amigo compositor de Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul. E lá foi o menino para mais uma tentativa, desta vez com alguém conhecido por perto e com mais perspectivas. Com a ajuda do amigo mato-grossense Junior conseguiu gravar mais duas músicas próprias: Motivos e Não dá Pra Ser. Também gravou vídeo clipes e tocou em bares nos três meses que permaneceu por lá. Mas logo chegaria o lockdown e mais uma vez o sonho adiado.
Mesmo em meio aos desafios constantes na carreira e à falta de um empresário de peso para o auxiliar na busca por contatos, ele segue percorrendo o sonho porque acredita em seu potencial.
O cantor tem mais de 12 mil seguidores no Instagram, uma das principais redes sociais do país, além de 140 views no Youtube, e presença nas plataformas como Spotify e Deezer. “Com a ajuda de amigos e de gente que entende de redes, de fotógrafos, jornalistas, consegui que meus perfis ficassem com uma cara bem profissional. Mesmo assim o que a gente busca é a valorização profissional, o que é bem difícil no meio. As pessoas não imaginam o que se gasta para manter um instrumento, uma caixa de som, um microfone. Viajar, gastar combustível, comer. E saber as músicas também é investimento. Tem que que treino diário, aprendizado das últimas novidades e aprimoramento do que já sabemos. Quem dera todos os donos de bares e boates conseguissem valorizar nosso trabalho como merecemos”.
Músicas autorais
Junior tem três músicas autorais no currículo: Amor em Jogo, Motivos e Não dá Pra Ser? Ambas tiveram grande repercussão na internet e garantiram seus milhares de seguidores.
Contato para shows
Veja o mídia kit do cantor
Siga nas redes sociais
