Morre Rita Lee aos 75 anos de idade

Ela foi a maior estrela do rock brasileiro e ícone dos Mutantes

Por
· 1 min de leitura
Rita Lee: 31/12/1947 - 08/05/2023 (Foto arquivo)Rita Lee: 31/12/1947 - 08/05/2023 (Foto arquivo)
Rita Lee: 31/12/1947 - 08/05/2023 (Foto arquivo)
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

 Morreu na noite de segunda-feira (8), aos 75 anos, Rita Lee, uma das maiores cantoras e compositoras da história da música brasileira. Diagnosticada com câncer de pulmão em 2021, ela passava por tratamentos e esteve internada por conta da doença. Hoje pela manhã, a família de Rita Lee divulgou um comunicado nas redes sociais dela. "Comunicamos o falecimento de Rita Lee, em sua residência, em São Paulo, capital, no final da noite de ontem, cercada de todo o amor de sua família, como sempre desejou". Também informam que o velório será aberto ao público, amanhã, quarta-feira (10), das 10 às 17 horas no Planetário do Parque Ibirapuera.

Psicodélica e romântica

Rita Lee Jones nasceu em São Paulo, em 31 de dezembro de 1947. Filha de Charles Jones, dentista e filho de imigrantes dos EUA e da italiana Romilda Padula. A carreira da artista é abrangente e desde o princípio esteve no patamar do sucesso. Irreverente, inovadora e com invejável versatilidade, Rita conquistou públicos distintos. Desabrochou na música junto à tropicália, ficou marcada pelo desbunde, a música psicodélica e um comportamento que trilhava a influência de Woodstock. Na incorporação da revolução mundial do rock à música brasileira, formou a banda os Mutantes. Mais tarde ingressou no Tutti Frutti, outra banda de rock.

Carreira solo

Depois, Rita Lee teve carreira solo como cantora e compositora de grande versatilidade. Manteve-se atualizada na música, foi referência de criatividade e independência feminina por seis décadas. Logo ganhou o título de Rainha do Rock. Passou pelo tropicalismo, agitou no rock, pegou embalo da bossa nova, composições irreverentes ou satíricas. No casamento com Roberto de Carvalho pegou carona na musicalidade do marido, abrindo a produção da série de músicas românticas de grande aceitação pelo público. Foi gravada por muitos artistas, fez Alô, Alô Marciano no tom certo para Elis Regina. Assim como o seu repertório, a sua capacidade vocal era abrangente e de fácil adaptação a diversos estilos. Uma amplitude tão imensa que não gostava do rótulo de Rainha do Rock, pois sentia-se a Padroeira da Liberdade. E foi muito mais.


Gostou? Compartilhe