Em menos de 60 dias, o 1º Danzpare Juvenil Brasil apresenta as tradições e as danças típicas dos países da América do Sul e da Europa, que vão percorrer cinco cidades do Rio Grande do Sul com diferentes culturas continentais. Enquanto as duplas bailarinas não chegam ao país, as famílias hospedeiras, parceiras da Baillar Centro de Danças, realizadora do evento no Brasil, já se preparam para recepcionar os dançarinos e vivenciar a integração de culturas.
É o caso da família Della Valentina, de Passo Fundo, que já recebeu dançarinos de três países do Danzpare Adulto: Uruguai, Colômbia e Guatemala. A história do casal Elida Della Valentina e Moacir Della Valentina com o Danzpare iniciou pela parceria que possui com Raquel Pereira Rubert, proprietária da Baillar Centro de Danças, que promove o evento. “Eu resolvi me tornar anfitriã porque eu gosto de ver a casa cheia, com pessoas diferentes e sempre gostei da dança”, conta Elida, que participa do grupo da terceira idade da Baillar há 18 anos.
Integração
Para Moacir, fazer parte do Danzpare como uma das famílias hospedeiras dos dançarinos é satisfatório por vivenciar diferentes culturas e aprender os costumes de países vizinhos em momentos de lazer e descontração. Essa será a primeira vez que irão receber as duplas jovens, de 14 a 17 anos, na categoria juvenil. “É muito importante conviver com pessoas de culturas diferentes. Eles transmitem a cultura para nós como ela realmente é, principalmente nas vivências diárias. Essas (vivências), a gente não consegue conhecer pela televisão e só quando você entra em contato com pessoas de países diferentes, você entende como eles vivem”, conclui o anfitrião.
A paixão pela dança em família também fez com que a mãe Gilda Fernandez e a filha Vitória Fernandez Cervo se tornassem hospedeiras do Danzpare. Em Passo Fundo, elas já se preparam para a nova edição, que terá seu encerramento na cidade delas. “Minha filha começou com ballet, depois foi para dança do ventre e dança de salão. Quando recebemos o convite para ser família hospedeira do Danzpare, aceitamos. Pra mim, é como se fossemos uma grande família”, conta a mãe da Vitória, que foi representante brasileira no Danzpare Juvenil que aconteceu em 2022, no Panamá, e irá representar o Brasil no festival nesta edição.
Bailarinos chilenos e bolivianos já ficaram hospedados no apartamento da mãe e da filha. De acordo com elas, o laço emocional e familiar criado nestes dias de festival é enorme. A família não apenas compartilha a cultura brasileira com os visitantes como também se integra com os costumes dos outros países. “Nós mantemos contato até hoje com o primeiro casal da Bolívia que ficou aqui. Eles costumam me chamar de mãe. É como se fosse uma parte da nossa família na Bolívia”, declara Gilda. No seu lar, Vitória guarda até hoje os presentes e as lembranças recebidas durante o Danzpare.
A proprietária da Baillar e produtora Danzpare no Brasil, Raquel Rubert Pereira, relata que a colaboração das famílias hospedeiras é fundamental para a realização do festival e cumpre com o propósito do evento itinerante. “As famílias que recebem os bailarinos comprovam a essência do Danzpare, que é a relação humana, o amor pela arte e pela dança, de forma integrada e que gere boas memórias e muito conhecimento. Nós somos gratos por cada um que faz parte desta história e que vai continuar fazendo”, destaca.
1º Danzpare Juvenil Brasil
O Festival acontece de 4 a 14 de novembro de 2024, nas cidades de Marau, Fortaleza dos Valos, Cruz Alta, Capão da Canoa e Passo Fundo. Neste ano, o festival terá a participação de duplas formadas por jovens de 14 a 17 anos. Até o momento, cinco casais já foram confirmados: Argentina, Polônia, Chile, Colômbia e Brasil.
