As operações com recursos da caderneta de poupança para financiamento da casa própria chegaram a R$ 34 bilhões em 2009, 13,27% a mais do que em 2008, quando o volume financiado foi de R$ 30 bilhões. Os dados são da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e de Poupança (Abecip).
No ano passado, foram financiadas 302.680 unidades, um crescimento de 1% em relação a 2008, quando os bancos financiaram 299.685 unidades.
De acordo com a Abecip, o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) concedeu R$ 34 bilhões em financiamentos imobiliários em 2009, sendo R$ 13,85 bilhões para a construção de novas unidades e R$ 20,16 bilhões para a aquisição de imóveis prontos.
O presidente da Abecip, Luiz Antônio França, disse que, em 2010, esses valores devem somar R$ 50 bilhões. “Serão 20 bilhões para as construtoras e outros R$ 30 bilhões para imóveis prontos destinados a pessoas físicas, com 400 mil a 450 mil unidades financiadas.”
França atribuiu os resultados de 2009 a fatores como: melhoria das condições de prazo e as taxas de juros, que permitiram o acesso a imóveis de valor mais alto; a ampliação das parcelas de pagamento; o aumento da confiança do tomador de crédito e dos agentes financeiros; a valorização dos imóveis, principalmente, em áreas com infraestrutura adequada nas grandes capitais.
“O ano de 2009 foi muito bom para o crédito imobiliário. Como todos os mercados, iniciou com uma grande interrogação sobre o que seria o ano. Para o crédito imobiliário, foi muito importante porque houve um volume de negócios que, apesar da queda da produção de imóveis pelas construtoras, foi compensada pelo aumento da compra de imóveis usados pelas pessoas físicas.”
A Abecip estima que as operações de crédito voltadas para o setor imobiliário aumentem cerca de 50%. “As previsões são otimistas porque, se formos voltar a 2004, tínhamos um mercado dormente, com volumes muito baixos de produção e aumentamos em 10 vezes esse volume”, afirmou França.
O presidente da Abecip lembrou que o financiamento imobiliário é algo novo no mercado, sendo que, hoje, as operações são financiadas em até 30 anos, com entrada de 20% do valor do imóvel. “Isso é bastante importante porque as pessoas estão começando a adquirir confiança nesses financiamentos."
Agência Brasil