Produtores de soja iniciaram o ano apreensivos com a perspectiva de queda nos preços internacionais. Neste momento, a maior influência na lucratividade é a projeção de safras recordes nos três maiores exportadores, EUA, Brasil e Argentina, ampliando em 20% a produção mundial, e em 40% o estoque dos países produtores.
Atualmente a soja está cotada à 38 reais a saca de 60 kg. Porém, na última safra, preço manteve-se entre R$ 45 e R$ 50 reais durante todo o ano, apesar do custo de produção ter sido mais alto na safra 2008/2009. O diretor da Agroinvvesti, Cleber Bordignon, explica que essa desvalorização acontece sempre quando a oferta de produto é muito grande ou se a demanda pelo grão diminui. “Neste caso os dois fatores contribuíram o recuo dos preços. A diferença é que nos últimos anos, a produtividade foi bem menor, causando uma baixa oferta de soja no mercado, que valorizou o grão no mercado internacional”, explica.
Segundo o analista de negócios da Agroinvvesti, Rafael Webber Mattei, o aumento da oferta de grãos faz com que os preços recuem pois existe mais produto disponível para a comercialização. Outro fator, lembrado pelo analista foi o recente anúncio de que a demanda pelo grão pode diminuir
em 2010. “A China, principal compradora mundial de soja, anunciou o aumento dos juros internos e diminuição do crédito distribuído pelos bancos, fato que vai refletir diretamente sobre as nossas exportações, pois o país é o maior comprador de grãos do mundo”, explica.
Esta matéria você confere na íntegra na edição de O Nacional deste final de semana