Indústria gaúcha inicia 2010 com crescimento

Desempenho do setor em janeiro foi divulgado pela Fiergs ontem

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O ano começou positivo para a indústria gaúcha. Em janeiro, o setor apresentou uma elevação de 6,6%, na comparação com mesmo período de 2009. Em relação a dezembro, a expansão foi de 2%, sem os efeitos sazonais, é o quinto mês consecutivo de avanço. "O resultado significa um importante passo para a manutenção do processo de recuperação da nossa economia, que foi fortemente abalada pela turbulência internacional a partir do final de 2008 e ainda não retornou aos patamares pré-crise", disse o presidente da Fiergs (Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul), Paulo Tigre, ao avaliar o IDI-RS (Índice de Desempenho Industrial).

Segundo o presidente da Fiergs, as questões que mais vêm impactando favoravelmente estão relacionadas ao mercado interno: crescimento do crédito, do emprego e da renda, além do ajuste de estoques concluído no final de 2009. Também têm dado a sua contribuição a retomada dos investimentos, que impulsionaram o setor metalmecânico, em especial o segmento de máquinas e equipamentos, e o aumento das exportações (19% em janeiro).

As variáveis do IDI-RS ligadas à produção foram as responsáveis pelo cenário positivo da atividade industrial. Com o fim do ajuste de estoques, as compras do setor avançaram 36,4% em relação a janeiro do ano passado. O faturamento e a Utilização da capacidade instalada também acompanharam a trajetória de recuperação e subiram, respectivamente, 12% e 3%. Apenas as horas trabalhadas na produção ficaram negativas (-1,2%).

Em relação ao mercado de trabalho, a situação ainda não se estabilizou. O emprego desacelerou 3,1% e há 20 mil pessoas a menos empregadas na indústria gaúcha, ante janeiro de 2009. No entanto, apesar do ritmo lento, as contratações já crescem em alguns setores, entre eles o de borracha e plástico, móveis e produtos têxteis. No item massa salarial, o cenário é de estabilidade, com uma leve queda de 0,1%. Alguns segmentos começaram o ano com salários maiores, entre eles o de metalurgia básica, móveis e de couro e calçados.


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