Soja do tarde pode ter quebra de até 20%

Principal característica deste verão foram as chuvas abaixo da média, de rápida passagem e mal distribuídas

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Redação ON

Depois de mais de um mês, Passo Fundo voltou a registrar chuvas significativas. Contudo, os 40 mm de precipitação ocorridos desde sábado até ontem à tarde não vieram a tempo de evitar perdas nas lavouras de soja da região, principalmente a cultura do tarde (aquelas plantadas no período entre o final de novembro e meados de dezembro). Nessas lavouras, que representam 50% da área total de soja cultivada, as perdas devem variar entre 15% a 20%, segundo estimativa do escritório regional da Emater.

Para se ter uma ideia do déficit hídrico de março, a quantidade acumulada, 44 mm, representa apenas 35% da média histórica para o mês, que é de 121,3 mm. "A lavoura formada no período do tarde estava sofrendo com a falta de umidade. Ficamos 20 dias sem um pingo de chuva, justamente no período de enchimento do grão, quando a planta mais precisa de água. Nesse período, a planta consome 5 mm de água por dia", explica o agrônomo da Emater, Cláudio Dóro. "A chuva desta semana estancou os efeitos da estiagem, mas não recupera os danos já causados", completa. Segundo Dóro, a falta de umidade ainda provocou alteração na fisiologia das plantas da oleaginosa. A soja do tarde estava perdendo as folhas antes do tempo, deixando as vagens ainda verdes, o que impossibilita a colheita, que só deve começar em cerca de dez dias.

A matéria completa na edição de ON desta quarta-feira (24)

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