Brasileiros defendem redução do IPI

Pesquisa da Fecomércio do Rio de Janeiro releva que 70% dos brasileiros é favorável à continuidade da redução do IPI

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Cerca de 20 milhões de pessoas que participaram de uma pesquisa defendem a continuidade da redução do IPI. A Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio/RJ) ouviu brasileiros em 70 cidades do país, incluindo nove regiões metropolitanas e verificou que 14% dos brasileiros aproveitaram o incentivo dado pelo governo de redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para adquirir algum bem.

O economista da Fecomércio/RJ Christian Travassos disse ontem (30) que a questão do preço se revelou importante na pesquisa. “Mais da metade dos brasileiros consultados afirmam que a principal razão que os leva a consumir um produto está exatamente no preço. Então, por conta da redução do IPI incentivar esse tipo de consumo, 71% dos entrevistados afirmaram que o governo deveria manter a redução do IPI ou estender a outros itens”, disse.

A pesquisa também identificou que 53% dos brasileiros priorizaram o preço como fator decisivo na hora de ir às compras, 39% apontaram a qualidade e 5%, a marca. A redução do IPI foi mantida pelo governo para o setor de móveis, com alíquota de 5% a partir de 1º de abril. Até hoje, os móveis, que antes da desoneração eram taxados a 10%, estão isentos do imposto. “O governo, ao nosso ver, entende de maneira importante, nesse momento, o papel do consumo das famílias, do comércio de bens e serviços para o giro da economia. Foi o principal amortecedor dos efeitos da crise e colaborou para que a economia voltasse a crescer, principalmente no último trimestre de 2009”.

Na avaliação do economista da Fecomércio/RJ, não há risco de um recuo significativo na arrecadação se houver continuidade da desoneração porque há uma natural compensação com o aumento das vendas.

Venda de veículos

Fábio de Menezes, gerente de vendas de uma concessionária de veículos de Passo Fundo aponta para um crescimento de 20% a 30% nas vendas durante o período de redução do imposto. “Desde o ano passado, quando o governo possibilitou este incentivo, as vendas cresceram, especialmente este mês”, comenta. De acordo com ele, os carros populares foram os mais vendidos, o que chegou a esgotar alguns produtos, que não estão disponíveis desde o dia 15 de março.
“Os consumidores realmente aproveitaram para trocar de carro, adquirindo um veículo zero quilômetro”, salienta. De outro lado, ele ressalta que outro fator que contribuiu para o aumento das vendas foi o incentivo dado pelas fábricas, como taxas de juros mais baixas, que levaram ao aumento da procura por veículos. Alguns itens ainda permanecem sendo vendidos com o incentivo, apesar do prazo estipulado pelo governo se encerrar hoje. Isso acontece porque trata-se de veículos que chegaram nas concessionárias ainda durante o período de isenção mas não foram vendidos.

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