BC teme aumento da inflação

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O Banco Central teme que a inflação alcance níveis acima da meta, que tem centro de 4,5%, com limite superior de 6,5%. Segundo o Relatório Trimestral da Inflação divulgado ontem, o principal risco de que isso aconteça é a possibilidade de que os valores efetivos e as projeções da inflação se distanciem progressivamente "em um ambiente de crescente utilização de recursos".

Para o BC, os custos necessários para trazer a inflação de volta à trajetória da meta podem ser "significativos". De acordo com o relatório, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC "está monitorando atentamente essa possibilidade, que recomendaria ações tempestivas de política monetária [aumentar a taxa de juros]".

Segundo o diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Vasconcelos Araújo, a ação da instituição no caso de mais demanda do que oferta é desacelerar a procura por bens e serviços. "Isso tem impacto em termos de crescimento da oferta." No mercado externo, diz o relatório, "o principal risco a ser monitorado é a possibilidade de recuperação dos preços das commodities, principalmente se não for acompanhada por movimentos, no sentido contrário, da taxa de câmbio".

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