O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) fechou o mês de abril com alta de 0,76%, a mesma registrada na terceira semana do mês passado. Com o resultado, o IPC-S acumula 3,64% no ano e 5,48% nos 12 meses fechados em abril (resultado anualizado). No comunicado divulgado ontem, a Fundação Getulio Vargas informa que apenas o grupo alimentação apresentou queda na inflação, passando de 2,02% para 1,77%. Dos 21 itens investigados, 11 tiveram recuo, com destaque para hortaliças e legumes (de 7,19% para 5,20%), adoçantes (de 0,80% para -0,61%) e laticínios (de 4,92% para 4,63%). As maiores altas do IPC-S na passagem da terceira para a quarta semana de abril foram nos grupos transportes (de -0,29% para -0,10%), influenciado pelo reajuste no preço de carros novos (de 1,50% para 1,75%); e saúde e cuidados pessoais (de 0,61% para 0,79%), por conta do reajuste nos preços dos remédios (de 1,27% para 2,48%).
Depois vieram os grupos vestuário (de 0,93% para 1,20%), cuja alta foi puxada pela entrada nas lojas da coleção outono-inverno (de 0,97% para 1,27%); habitação (de 0,26% para 0,34%), por conta do reajuste na tarifa de energia elétrica de 0,09% para 0,40%; despesas diversas (de 0,02% para 0,07%), com o reajuste na mensalidade de TV por assinatura (de 0,09% para 0,64%); e educação, leitura e recreação (de 0,18% para 0,22%), por conta do reajuste no preço dos ingressos para shows musicais (de 2,95% para 4,74%).
Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) elevaram pela 15ª vez consecutiva a projeção para a inflação oficial neste ano. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 5,41% para 5,42%. Para 2011, foi mantida a projeção de 4,80%. As projeções para o IPCA estão acima do centro da meta de inflação, de 4,5%, com margem de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Cabe ao BC perseguir a meta de inflação e, para isso, usa como instrumento a taxa básica de juros, a Selic, que na avaliação dos analistas deve fechar 2010 em 11,75% ao ano e 2011, em 11,25% ao ano.
A estimativa para o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) também teve alta: de 8,03% para 8,28%, em 2010, e de 4,80% para 4,82%, em 2011. A projeção para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), neste ano, passou de 5,50% para 5,53%. Para 2011, a estimativa para esse índice permaneceu em 4,50%. A expectativa dos analistas para os preços administrados subiu de 3,60% para 3,65%, em 2010, e permaneceu em 4,50%, em 2011. Os preços administrados são aqueles cobrados por serviços monitorados, como combustíveis, energia elétrica, telefonia, medicamentos, água, educação, saneamento e transporte urbano coletivo, entre outros.