A perspectiva é de crescimento para as micro e pequenas

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Pesquisa do Sebrae/RS mostra que 81% dos empreendedores apostam na evolução de suas atividades este ano
Ao contrário de 2009, que teve início incerto e nebuloso devido aos impactos da crise financeira internacional, o ano de 2010 surge com perspectivas de crescimento para 81% das micro e pequenas empresas gaúchas, segundo pesquisa realizada pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Rio Grande do Sul (Sebrae/RS). No primeiro trimestre de 2009, apenas 52,5% dos empresários acreditavam na evolução dos seus negócios. A sondagem conjuntural foi realizada durante o mês de abril junto a 600 MPEs no Rio Grande do Sul.  

Na avaliação do presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae/RS e do Sistema FIERGS, Paulo Tigre, a confiança dos empresários é reflexo da sua capacidade de superação frente às dificuldades, sejam elas econômicas ou inerentes ao processo de empreender. “Em 2009, o setor industrial foi o que mais sofreu com os efeitos da crise, em compensação, desponta este ano como o mais otimista, com 88% das empresas apostando no crescimento”, revela o presidente. Logo atrás da Indústria aparece o Serviços (84%), o Comércio (82%), e a Agropecuária (61%).

Neste estudo, a instituição apurou também que 76% dos empreendimentos consultados estão preparados para o crescimento previsto. No que se refere às principais necessidades das empresas no sentido de acompanhar esse bom momento, destaque para a mão-de-obra mais qualificada, conforme 40% dos entrevistados. Este fator, inclusive, é citado por 27% dos empresários como uma das dificuldades enfrentadas no 1º trimestre deste ano. Recursos financeiros para capital de giro e para investimento vêm logo em seguida, com 26% cada.

O superintendente do Sebrae/RS, Marcelo Lopes, destaca as evoluções no desempenho das principais variáveis econômicas no 1º trimestre de 2010, em relação ao mesmo período de 2009. Segundo Lopes, 45% dos empreendedores apontaram aumento nas vendas, 41% investiram mais, e o emprego cresceu para 27%. Em contrapartida, a inadimplência teve queda no caso de 15% dos pesquisados. “Tudo indica que teremos a continuação de um ano muito positivo para as micro e pequenas empresas, o que certamente se refletirá no desempenho de toda a economia gaúcha”, afirma Lopes, referindo-se ao fato de que mais de 90% das empresas são de micro e pequeno porte.  

A expectativa de crescimento em 2010 apontada pela pesquisa se reflete, também, no percentual de empresários com intenção de realizar investimentos na empresa: 67%. Nesse caso, houve crescimento de 13 pontos percentuais em relação ao primeiro trimestre de 2009, quando 53,5% pretendiam investir. Mais uma vez, as áreas referentes a melhorias das instalações e aquisição de máquinas e equipamentos obtiveram os maiores percentuais, 52% e 35%, acompanhados de novas contratações de pessoal (22%) e desenvolvimento de novos produtos (12%).
 
Cenário Nacional
Sobre a conjuntura nacional, em comparação com a primeira sondagem, destaca-se um otimismo muito grande por parte dos empreendedores. Na primeira mostra, divulgada em março, a perspectiva de crescimento econômico para o Brasil era apontada por apenas 25,7% das empresas. Nessa última, o número saltou para 82%. Mais uma vez, o setor da Indústria, 89%, aparece com mais crença em relação ao País. Logo após vem o Comércio (83%), o Serviços (82%) e a Agropecuária (74%). Em relação às variáveis econômicas, as perspectivas dos empresários são de aumento no investimento, no crédito e no emprego e de estabilidade na inflação e na taxa de juros.

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