Ministro participa de lançamento de máquina da Semeato

Ministro Guilherme Cassel avalia 18 meses do programa Mais Alimentos em visita a Passo Fundo, onde fez o lançamento simbólico da Multi Crop 4100 da semeato

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Texto : Leonardo Andreoli/ON

As mudanças promovidas na agricultura familiar com a implantação do programa Mais Alimentos do governo federal foram destaque da visita do ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, a Passo Fundo. Na sexta-feira (14) ele esteve na Semeato, uma das principais parceiras do programa. Além de avaliar os primeiros 18 meses do programa, ele destacou os benefícios criados em diversos setores a partir desta iniciativa. Cassel fez ainda o lançamento simbólico da Multi Crop 4100, a primeira colheitadeira com tecnologia e produção totalmente brasileiras. O Ministério do Desenvolvimento Agrário escolheu a Semeato para representar as demais empresas do ramo por ser uma das grandes parceiras e ter o perfil do programa Mais Alimentos.

A resposta dos setores envolvidos foi o fator que garantiu o sucesso do programa e o transformou em uma referência para outros países. Além disso, o Mais Alimentos impulsionou o desenvolvimento de novas tecnologias voltadas a pequena propriedade. "A indústria brasileira foi absolutamente ágil e efetiva para participar do programa. Ela mudou a linha de produção, adequando seus tratores e equipamentos para a pequena propriedade. Talvez hoje a indústria brasileira seja a mais moderna do ponto de vista de equipamentos voltados para a agricultura familiar, por isso que países da Europa, África e América Latina vêm comprar aqui", destacou Cassel em entrevista coletiva.

A criação de políticas voltadas á agricultura familiar permitiu que ela fosse um dos ramos com maior aumento na renda. Nos últimos anos ela cresceu 30% acima da inflação. "A agricultura familiar respondeu de uma maneira muito eficiente e rápida. Aumentou produção, produtividade e renda", justifica.

Indústria

Para as empresas o maior desafio foi transformar as tecnologias disponíveis para grandes propriedades em equipamentos voltados a agricultura familiar. Conforme Fábio Hayashida, gerente de compras e suprimentos da Semeato, novas pesquisas de desenvolvimento precisaram ser feitas para garantir esse acesso. "Hoje o agricultor tem acesso ao plantio direto que antes ele não tinha. Antes ele tinha que plantar e colher manualmente e isso reduzia a eficiência", enfatiza. Conforme Hayashida, essa mudança de perfil representa uma revolução na agricultura brasileira. No Brasil, 84% dos estabelecimentos são de agricultura familiar. "Como somos uma empresa gaúcha, o pequeno agricultor está no nosso quintal e conseguimos ver todas as necessidades desse mercado e hoje ele está inserido na nossa base de clientes por causa do Mais Alimentos", conclui.

Mais Alimentos
Quando foi criado em 2008 o programa disponibilizava créditos de até R$ 100 mil, a juros de 2% ao ano e prazo de dez anos para pagamento. Hoje o programa ampliou o crédito para até R$ 130 mil, nas mesmas condições, além de possibilitar operações coletivas entre produtores para aquisição de equipamentos de até R$ 500 mil. Já foram efetuados 60 mil contratos, que representam R$ 3 bilhões.
Cassel lembrou também que o programa será estendido para a América Latina e África. "O mundo todo está querendo comprar do Brasil", pontua. Serão disponibilizadas linhas de crédito do BNDS com seis anos para pagar e três anos de carência, além de baixas taxas de juros. O programa que nasceu com prazo de validade passa agora a ser permanente.

Permanência no campo
A tendência ao êxodo rural foi interrompida, conforme dados do IBGE. O ministro destaca que esse era um sonho do governo. Começa agora um movimento inverso, beneficiado pelo programa de crédito fundiário, anunciado nesta semana, que facilita aos produtores a aquisição de terras com juros subsidiados. Cassel acredita que esse será um dos fatores que ajudarão a manter os filhos dos agricultores no campo.

Leite
Sobre a produção leiteira, Cassel destacou que esse é um dos pontos fortes da agricultura gaúcha. Ele lembrou que na quinta-feira (13) foi anunciado em Porto Alegre a liberação de R$ 110 milhões para aquisição de alimentos, desses, R$ 40 milhões são para aquisição de leite gaúcho.

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