Quase 50% das contaminações por alimentos são causadas em casa

Pesquisadora da Embrapa Suínos e Aves palestrou durante o evento e destacou a qualificação dos produtores da cadeia avícola brasileira

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Leonardo Andreoli/ON

A preocupação com a sanidade é um dos destaques da cadeia avícola brasileira. A profissionalização dos produtores e as legislações vigentes garantem a segurança da produção nacional. Os dados apresentados pela médica veterinária Clarissa Silveira Vaz, da Embrapa Suínos e Aves, na Fenafrango, indicam que 45% das contaminações causadas por alimentos se devem a má manipulação e não a problemas da cadeia produtiva.
Durante a palestra a pesquisadora tratou sobre a incidência de três bactérias: a salmonela, campylobacter e a listeria. “Com relação a listeria ela está mais relacionada a produtos prontos para o consumo como iogurte, queijo, esse tipo de alimento que não precisa de cozimento. As outras duas estão mais ligadas a carne e a contaminação dos ovos”, destaca Vaz. Segundo ela a preocupação com o risco biológico é um dos fatores mais cobrados pelo Ministério da Agricultura e efetivado pelos produtores.

Cuidado
Conforme Vaz o controle de agentes causadores de doenças funcionam em todas as etapas da cadeia produtiva. “É uma cadeia muito organizada, que cuida muito bem da parte da segurança dos alimentos, evitando que patógenos contaminem o produto, e por consequência o consumidor”, completa. Além dos cuidados na produção, o papel dos consumidores é fundamental para garantir a segurança. “Boa parte dos contaminantes, que eventualmente podem estar presentes na carne, são totalmente destruídos pelo cozimento correto. Dados do Serviço de Vigilância em Saúde apontam que 45% dos casos de doenças transmitidas pelos alimentos se devem às más práticas de preparo”, esclarece. Entre os cuidados destacados pela pesquisadora, estão o cozimento completo de carne e ovos, a separação de alimentos preparados e crus, além dos cuidados básicos de higiene, como lavar as mãos, por exemplo. “Isso reduz muito o risco de contaminação”, justifica.

Exportação
Outro dado que confirma a qualidade da cadeia avícola brasileira é o número de países que consomem a carne de frango produzida aqui. “Esse é um assunto levado muito a sério. Não é a toa que hoje exportamos carne para mais de 150 países. Não chegamos a eles com estrutura e produtos de má qualidade”, salienta. Para poder exportar, os produtores brasileiros seguem uma série de normativas e exigências sanitárias internacionais. A região sul é uma das que se destaca pela tecnologia e integração da produção, onde o agricultor recebe os animais e os mantém na propriedade até estarem prontos para o abate.

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