Crescimento da economia consolida recuperação do país após a crise

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O crescimento de 9% da economia brasileira no primeiro trimestre de 2010 em relação ao mesmo período de 2009 e de 2,7% na comparação com o quarto trimestre do ano passado consolida a recuperação do país após a crise internacional que teve o auge em 2008.

A avaliação foi feita hoje (8) pela gerente de Contas Trimestrais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Rebeca Palis, durante a divulgação dos dados.

Nas duas bases de comparação, a indústria e os investimentos foram os setores que mais contribuíram para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas no país.

Em relação ao primeiro trimestre de 2009, a indústria teve alta de 14,6% e a formação bruta de capital fixo, de 26%. As duas taxas representam um resultado recorde da série histórica da pesquisa. Já na comparação com o quarto trimestre do ano passado, a indústria teve expansão de 4,2% e a formação bruta de capital fixo, de 7,4%.

“Essas taxas divulgadas hoje pelo IBGE são resultado de um crescimento lento que começou no segundo trimestre do ano passado e veio se consolidando. Posso afirmar que a economia já voltou aos níveis de produção que havia antes da crise de 2008. Agora, tanto a indústria como os investimentos, que foram os setores mais afetados, tiveram recuperação mais lenta. Mas, agora, no primeiro trimestre deste ano, as taxas de crescimento já atingiram um patamar semelhante ao do período pré-crise”, disse Rebeca Palis.

Ela explicou que, no setor industrial, a indústria de transformação e a construção civil foram as que mais contribuíram para o resultado positivo. Os destaques do crescimento foram a produção interna de máquinas e equipamentos e a indústria automotiva, beneficiada pelos incentivos fiscais. Já a construção civil foi beneficiada pelo aumento de 48,1% do crédito para a habitação e do nível de emprego no setor (9,2%).

Quanto aos investimentos, a gerente de Contas Trimestrais do IBGE disse que a recuperação se deve, além da produção de máquinas e equipamentos, à redução da Selic, a taxa de juros que norteia a economia do país.

“No primeiro trimestre de 2009, a taxa tinha uma variação de 12,5% ao ano e no primeiro trimestre de 2010, a variação recuou para 8,6% ao ano, o que ajudou a atrair novos investimentos”, avaliou.

Com informações da Agência Brasil

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