Previsão de 80% de perda na horticultura

Por
· 1 min de leitura
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

Uma estimativa da Emater regional aponta que a intensa geada desta semana causou uma perda de 80% na cultura de folhosas de campo aberto, em plantas como alface, rúcula, chicória e brócolis na região.

Conforme o engenheiro-agrônomo Ivan Guarienti, em visita ao interior de Passo Fundo e em contato com municípios como Pontão, Sarandi, Marau e Caseiros, as hortas familiares cobertas com estufas ou túneis conseguiram proteger as plantas, mas nas propriedades em que a produção ocorre em campos abertos 80% da cultura folhosa foi atingida. "Mandamos um e-mail para os 70 escritórios para avaliarem as perdas. A queima da geada pode aparecer dois dias depois. Na próxima semana, teremos um diagnóstico mais preciso dos prejuízos", informou Guarienti.

Quase todas as flores dos pessegueiros e das ameixeiras que se transformariam em frutos caíram. Na região do Vale do Rio Uruguai, que tem uma forte produção de citrus, as perdas foram mínimas, mas ainda depende-se de uma avaliação. "Com certeza as perdas vão impactar nos preços", disse o engenheiro-agrônomo.

O técnico da Emater Ademir Trombetta disse que 50% das áreas de alface estavam protegidas, mesmo assim os produtores deverão sentir os prejuízos. "É importante que o produtor proteja a sua produção com estufas ou túneis", alertou Trombetta.

Frio beneficia trigo

Os agricultores que plantaram o trigo em meados de junho estão sendo beneficiados pelo frio. Ele seria benéfico na fase de desenvolvimento vegetativo em que se encontra no momento. Segundo o assistente técnico da Emater Luiz Ataídes Jacobsen, neste período o frio proporciona um crescimento radicular mais vigoroso e a parte vegetativa se desenvolve menos. Na região, o trigo está em fase de início de afilhamento. "O trigo tem um maior potencial de rendimento. Um dos benefícios do frio é que ele inibe a proliferação de moléstias e pragas", disse Jacobsen.

Segundo o assistente técnico da Emater, a geada prejudica o trigo quando ele está em fase de reprodução. A previsão para início de colheita está prevista para início de novembro na região. No Rio Grande do Sul espera-se uma produção entre 1,5 milhão a 1,8 milhão de toneladas.

Gostou? Compartilhe