Atividade industrial gaúcha cresce 9,8% no semestre

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Depois de seis meses alternando movimentos de avanços e quedas, a atividade industrial gaúcha encerrou o primeiro semestre com uma elevação de 9,8%, ante o mesmo período de 2009. Apesar de positivo, o resultado ainda está abaixo de 2008. “As oscilações fazem parte do processo de recuperação do setor produtivo diante da crise mundial. Estamos entrando num ciclo de acomodação da economia e a perspectiva é de retomada de uma trajetória de crescimento moderada”, avaliou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Paulo Tigre, ao divulgar o Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS), nesta terça-feira (3).

De acordo com Tigre, a boa performance da indústria no Estado foi decorrente da expansão do crédito, do emprego e da renda no mercado interno; do retorno dos investimentos, que impulsionaram, em especial, o setor Metalmecânico; dos ajustes de estoques completados em 2009; e da melhora nas exportações, que aumentaram 11% no acumulado do ano.
Os indicadores com maior incremento no semestre foram Compras e Faturamento, uma majoração de 25,8% e 12,8%, respectivamente. A intensa alta da primeira variável ocorreu principalmente devido a baixa base de comparação de 2009, quando a indústria deixou de vender por causa da turbulência internacional e os estoques de matérias-primas acabaram ficando elevados. Já a segunda variável foi mais influenciada pela recuperação do setor. Cerca de 70% das empresas pesquisadas registraram crescimento no faturamento.

As Horas Trabalhadas na Produção aumentaram 6,4%, indicando que a recuperação da atividade industrial deve continuar avançando. O mesmo ocorreu com o Emprego, uma elevação de 2,3%. Ou seja, em relação ao primeiro semestre do ano passado, foram empregadas 15 mil pessoas a mais em 2010 na indústria gaúcha. Os salários também tiveram um incremento e subiram 6,1%.

Os segmentos que mais expandiram nessa base de comparação foram Metalurgia Básica (37,8%), Material Eletrônico e de Comunicação (29,2%), Máquinas e Equipamentos (19,3%), Móveis (19,2%), Montagem de Veículos (18,7%), Borracha e Plástico (16,3%), Máquinas e Material Elétrico (16,2%) e Calçados e Couros (14,2%).

Junho
Após dois meses consecutivos de queda, a atividade industrial gaúcha voltou a crescer em junho, ante o mês anterior, com uma elevação de 1,3% sem os efeitos sazonais. Os destaques foram Compras (12%), Massa Salarial (2%), Emprego (0,7%). Ainda permaneceram negativas as variáveis Faturamento (-1,9%), Horas Trabalhadas na Produção (-0,3%) e Utilização da Capacidade Instalada (-0,2%).

No país,acúmulo de 2,0%

A produção industrial brasileira acumula perda de 2,0% depois de três quedas sucessivas, em abril, maio e junho, nas comparações mês a mês. No mês passado, a queda da produção foi de 1,0% em relação a maio, a menor redução desde dezembro de 2008, período de auge da crise econômica mundial, quando a queda foi de 12,2%. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
Entre as quatro categorias pesquisadas pelo IBGE, os bens de consumo durável tiveram a maior queda em junho (-3,2%). Bens de capital tiveram a primeira perda desde março de 2009 (-2,1%) e bens intermediários, a primeira redução na produção desde fevereiro deste ano (-0,7%). Os bens de consumo semiduráveis e não duráveis também tiveram a terceira perda consecutiva (-0,8%).

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