Estação é de inverno, mas vitrines são de verão

Calor dos últimos dias levou lojistas a adotar a moda verão nas vitrines, que estão torcendo para que as altas temperaturas permaneçam

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Glenda Mendes/ON

Oficialmente, o inverno só termina em setembro, na segunda quinzena, quando começa a primavera, mas o que acusam os termômetros são temperaturas altas, por volta de 30ºC, o que lembra início de verão. Para os lojistas, a pergunta do momento é: o que vai à vitrine, moda inverno ou primavera verão? Boa parte deles tem respondido à questão trocando as roupas pesadas de inverno dos manequins por peças mais leves, já lembrando o verão.

Ary Rabello, que é integrante do conselho consultivo da Câmara de Dirigentes Lojistas e lojista do ramo de confecções e calçados também ficou em dúvida, mas optou por seguir a tendência da temperatura e mudar a vitrine. Com isso, as botas deram lugar às sandálias e os agasalhos, às blusas leves. "As vendas deste inverno estão entre as melhores dos últimos anos para todos os segmentos. Tivemos um inverno muito bom para o comércio, mas a temperatura já está lembrando o verão, embora a primavera comece somente em setembro", comenta.

Tal como ele, diversos lojistas já estão com as vitrines com a moda primavera verão e torcendo para que o clima fique firme nas temperaturas quentes. "Está se falando que o frio volta na quinta-feira, mas estamos torcendo para que o calor permaneça, porque esse vai e vem de temperatura prejudica muito o comércio. O consumidor fica indeciso e não sai às compras", salienta.

Assim, a tendência é acreditar no final do inverno. "Esta época é um pouco difícil de se definir. Porém, queremos acreditar que o inverno está no seu final e torcendo para que não ocorra uma nova onda de frio, porque a grande maioria dos lojistas já está apostando no estoque para o verão", argumenta Rabello.

Indicadores

Segundo o indicador Serasa Experian, o comércio brasileiro cresceu 0,9% em julho em relação ao mês imediatamente anterior. Segundo o indicador, o resultado positivo foi puxado pela alta de 5,3% do segmento de veículos, motos e peças que se recuperou da queda ocorrida em junho. Em relação ao mesmo período do ano passado, o crescimento foi de 9,5%. O principal responsável pelo índice foi o segmento de material de construção, que teve alta de 17,4%, seguido pelo ramo de móveis, eletroeletrônicos e informática, com elevação de 13% e pelo de veículos, motos e peças, que cresceu 12%.

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