A confiança do industrial gaúcho com a economia do Estado, do Brasil e com a situação da sua empresa se manteve em agosto acima da média histórica mesmo após registrar a quarta queda consecutiva. Numa escala de 0 a 100 pontos, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI-RS), medido pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), atingiu 60 pontos, levemente menor do que o nível nacional (62,8 pontos).
Apesar do resultado no Estado ter significado perda de um ponto em relação a julho e nove pontos ante abril, agosto continua superando a média histórica de 57 pontos. “A ligeira redução do indicador, após os recordes sucessivos no início de 2010, era esperada e sugere uma acomodação no ritmo de crescimento da atividade industrial no futuro próximo”, avaliou o presidente da FIERGS, Paulo Tigre, ao divulgar o levantamento nesta quinta-feira. Segundo o industrial, “o mercado interno deverá garantir a continuidade do avanço da economia e da indústria e os fatores determinantes para isso seguem intactos: crescimento da renda, do emprego e do crédito”.
Em relação às condições atuais da economia gaúcha, brasileira e da empresa, a avaliação dos industriais permanece positiva (55 pontos), mesmo com o recuo de um ponto em comparação com julho. A situação presente das empresas atingiu 54 pontos, refletindo a opinião de 37,1% dos entrevistados que registraram uma melhora nos seus negócios e de 47,1% que disseram não terem ocorrido mudanças no período. Para 15,8% houve uma piora.
Para os próximos seis meses, a expectativa é positiva e atingiu 63 pontos, o mesmo valor do mês anterior. Dos entrevistados, 58,6% estão confiantes com o futuro da sua empresa, 36,4% acham que ficará tudo igual e 5% esperam uma piora. Em relação à economia do Rio Grande do Sul, 41,4% afirmaram que vai melhorar e 55,7% não acreditam em mudanças. Para a situação do Brasil, 45,7% apostam em um cenário positivo e 2,9%, em um negativo.
O ICEI-RS é baseado em quatro questões: duas referentes às condições atuais e duas sobre as expectativas para os próximos seis meses em relação à economia brasileira, gaúcha e à própria empresa. O indicador varia no intervalo de 0 a 100 pontos. Acima de 50 significa empresários confiantes.
Otimismo do industrial gaúcho se mantém acima da média histórica
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