Importações batem recorde em setembro

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O Brasil importou em setembro o maior valor mensal da história. No mês passado, o país comprou do exterior US$ 17,74 bilhões, 10,6% a mais que em agosto e 41,3% a mais na comparação com setembro do ano passado. Segundo o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Welber Barral, o aquecimento do mercado interno, o dólar em queda e a própria dinâmica do comércio exterior brasileiro estimulam as importações. De acordo com ele, metade de tudo que o país importa são insumos e bens de capital, usados pela indústria. “Em primeiro lugar, o aquecimento da economia está fazendo os brasileiros comprar cada vez mais do exterior. Além disso, temos de observar que, quanto mais o Brasil aumenta as exportações, mais aumentaremos as importações”, explicou o secretário.

As importações também são estimuladas à medida que o Brasil vende bens primários para o exterior e compra produtos manufaturados feitos a partir dessas mercadorias. “Para a China, por exemplo, exportamos minério de ferro e importamos aço”.

Apesar da alta das importações, o secretário destacou que o Brasil tem conseguido expandir as exportações. No mês passado, o Brasil exportou US$ 18,833 bilhões, o segundo melhor resultado para meses de setembro da história, só perdendo para setembro de 2008.

Segundo Barral, o Brasil está retomando as vendas para o mercado norte-americano e para a União Europeia, apesar da crise econômica na Europa. Além disso, as exportações continuam a crescer para parceiros tradicionais, como a Argentina. “Crescer sobre mercados não afetados pela crise, como a Argentina, mostra que o país ainda está conseguindo manter a competitividade”, declarou.

No acumulado de 2010, as vendas para a Argentina aumentaram 56,5% em relação aos nove primeiros meses do ano passado. No mesmo período, as vendas para a China, atualmente o principal parceiro comercial do Brasil, subiram 33,6%. Para Barral, no entanto, as exportações para o país asiático estão sendo afetadas principalmente pelo aumento no preço internacional das commodities.

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