O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, disse ontem que o resultado na geração de emprego em setembro, apesar de não ter sido recorde para o período, não representa desaquecimento na economia. Segundo ele, esse é um efeito sazonal. “Isso é um efeito sazonal, principalmente de dois estados - Minas Gerais e São Paulo - por causa da redução de empregos na colheita do café e algumas variações em Goiás. Isso ocorre em vários meses do ano e vários períodos”, afirmou.
Em setembro deste ano foram gerados 246.875 postos, saldo maior do que o do mês de agosto, mas menor do que o de setembro de 2009, quando foram gerados 252.617 empregos. Lupi disse ainda que espera saldos recordes para os meses de outubro e novembro. “Com a forte economia que estamos vendo, com o comércio forte, compras de Natal, vamos ter recorde na geração de empregos”, acrescentou. O ministro lembrou que o salário mínimo para 2011, que já está definido pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), é de R$ 538,15 - hoje é de R$ 510. A LDO já está no Congresso Nacional para ser votada.
Nordeste
A Região Nordeste foi a que apresentou o maior crescimento do país na geração de emprego no mês de setembro. Foram preenchidos 105.897 postos de trabalho. Os estados responsáveis por essa alta foram Pernambuco (39.645) e Alagoas (28.256).
O resultado de Pernambuco foi o melhor de toda a série histórica do Caged (desde 1992) para o período. Entre os setores no estado que apresentaram o melhor desempenho estão a indústria de transformação (21.853), agropecuária (5.856) e a construção civil (4.500). Em Alagoas, o setor responsável pelo aumento no número de empregos foi a indústria de transformação (27.188). A região que teve o segundo melhor desempenho no mês de setembro foi a Sudeste, com a criação de 86.229 empregos, seguida da Região Sul, com 37.881 contratações.
Transformação
O setor de transformação foi o que teve o maior crescimento no mês de setembro, com a geração de 94.205 empregos. Nesse setor, a indústria de produtos alimentícios teve o maior número de empregos criados - 49.569 - seguido da indústria têxtil, com 8.166 postos. Outra área que apresentou aumento no número de empregos foi o de serviços, com a criação de 98.202 vagas. A área de serviços de comércio e administração de imóveis teve o maior crescimento no setor, com a geração de 38.608 empregos, seguida pela de serviços e alojamento, com 25.331.
O terceiro melhor setor na geração de empregos foi a construção civil, que registrou em setembro 21.676 novos postos de trabalho. Por fatores sazonais, a agricultura foi o único setor que apresentou saldo negativo na geração de empregos - 22.937. Isso se justifica pelo período de entressafra no Centro-Sul do país. Na agricultura, a cultura do café apresentou o maior número de demissões, 26.157 postos de trabalho, resultado verificado nos estados de Minas Gerais e São Paulo. Contudo, houve saldo positivo nas culturas de cana-de-açucar (4.159) e de uva (1.290).